De acordo com o O GLOBO, Pablo Marçal – que não conta com o apoio de seu partido, o Pros – pediu o adiamento do julgamento de seu pedido de registro de candidatura presidencial marcado para a sessão de terça-feira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo é evitar uma eventual decisão negando-lhe a possibilidade de concorrer ao cargo, o que, segundo sua defesa, “pode implicar em dano de difícil reparação”. Assim, sem a análise definitiva, ele poderia continuar a campanha “sub judice”.
Até agora, as decisões tomadas pelo TSE têm sido favoráveis ao atual presidente do Pros, Eurípedes Gomes de Macedo, aliado de Lula. Moraes, por exemplo, já tomou decisão dando o tempo de propaganda do Pros a Lula. Também negou um pedido de Marçal que queria impedir o partido de apoiar candidatos a presidente de outras legendas.
O pedido foi encaminhado ao presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela pauta das sessões. O Pros, partido de Marçal, passa por uma briga interna que chegou até a Justiça: uma ala, que está no comando do partido atualmente, apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto a outra defende a candidatura própria de Marçal.
Ao TSE, Marçal pediu que o tribunal conclua primeiramente o julgamento de outras ações, como o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap) da coligação que apoia Lula. Só depois disso é que o registro de candidatura de Marçal seria analisado. Sem uma decisão impedindo-o de ser candidato, ele poderia continuar a fazer campanha.
Ao todo, 13 pessoas se apresentaram como candidatos a presidente. O TSE já aprovou o registro de seis delas: Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D’Ávila (Novo), Léo Péricles (UP), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB).
A Corte também negou o registro de Roberto Jefferson (PTB), uma vez que ele está inelegível em razão da condenação que sofreu no processo do mensalão. Em seu lugar, foi feito o pedido de registro de candidatura de seu vice, Padre Kelmon, que ainda não foi analisado.
Além de Marçal e Kelmon, o TSE também não julgou ainda os pedidos de registro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Soraya Thronicke (União Brasil) e Eymael (DC). Na pauta de terça-feira do tribunal, está prevista a análise dos pedidos de Bolsonaro e Thronicke.