Responsável por tirar do papel o projeto do VLT do Subúrbio, o consórcio chinês Skyrail ameaça conforme Jairo Costa Júnior, da coluna Satélite do Correio*, abandonar a obra em curto prazo caso o governo do estado recuse injetar ao menos R$ 1,5 bilhão em aditivos ao contrato de concessão firmado por meio de Parceria Público-Privada (PPP). Conforme revelado pela coluna Satélite em 28 de janeiro deste ano, a construção do novo sistema de transporte foi paralisada ante a exigência dos chineses. Inicialmente, o governador Rui Costa (PT) estava decidido a não ceder às pressões por mais verba além da prevista. Porém, as saídas possíveis para superar o impasse e destravar o VLT, incluindo o rompimento ou a caducidade do contrato, esbarraram em dificuldades legais e operacionais.
Segundo fontes do próprio governo, a falta de opções quebrou a resistência de Rui. Mas nem os técnicos da Secretaria Executiva de PPPs e nem da Procuradoria-Geral do Estado aceitaram dar parecer favorável ao aditivo, por receio real de responderem judicialmente pelo ato.
Quando o abacaxi do VLT foi revelado pelo colunista, a assessoria de comunicação do governo classificou a notícia como inverídica, embora tivesse admitido, em nota enviada a sites e portais de notícias, entraves ao projeto provocados pela cobrança dos chineses da Skyrail por mais dinheiro. À época, garantiu empenho para eliminar as barreiras de forma rápida e recuperar o atraso na obra o quanto antes. Desde então, não houve quaisquer avanços nas negociações com o consórcio e na busca por soluções capazes de resolver o imbróglio.