Brasil obteve, nesta quinta-feira (27), o reconhecimento internacional de novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação, em seis estados. A área abrange o Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso. O reconhecimento foi conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Essas áreas se juntam a Santa Catarina que, até então, era o único estado com certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
“O reconhecimento da OIE significa confirmar o elevado padrão sanitário da nossa pecuária e abre diversas possibilidades para que o Ministério da Agricultura trabalhe pelo alcance de novos mercados para a carne bovina e suína, assim como pela ampliação dos tipos de produtos a serem exportados aos mercados que já temos acesso”, afirmou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
O anúncio da OIE foi comemorado em uma live com a participação da ministra Tereza Cristina, parlamentares e governadores dos estados. “Comemoramos hoje, mas seguimos trabalhando diariamente para o fortalecimento da defesa agropecuária nacional, mirando no objetivo de levar todo o Brasil para a condição de livre da febre aftosa sem vacinação”, afirmou Tereza Cristina.
A estimativa do ministério é de que, com o reconhecimento internacional dado aos estados, 60 milhões de doses anuais da vacina deixarão de ser utilizadas, gerando uma economia de cerca de R$ 90 milhões ao produtor rural.
A meta é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Atualmente, em torno de 70 países são reconhecidos como livres de febre aftosa.
Febre Aftosa
A doença afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos e traz prejuízos como limitações à comercialização de produtos pecuários. A febre aftosa ainda exige esforços constantes dos produtores rurais e das autoridades sanitárias para prevenção e erradicação.
O Brasil registrou o último foco de febre aftosa em 2016. Desde 2018, todo o território do país é reconhecido internacionalmente como livre da doença (zonas com e sem vacinação).