A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia se reuniu na última quinta-feira (25), em ambiente virtual com o Exército, através da Diretoria do Serviço Geográfico (DSG- Brasília) e do 3º Centro de Geoinformação (CGEO- Olinda), para o encerramento do Projeto Mapeamento Cartográfico do Estado da Bahia.
Este projeto foi o primeiro no Brasil a elaborar uma cartografia digital baseada nas especificações técnicas aprovadas pela Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR), cuja estruturação permite sua elaboração baseada em um banco de dados geoespaciais e não mais em arquivos individuais baseados em software de CAD ou GIS como se fazia no passado.
Foram produzidas 1284 cartas (1252 deste convênio e 32 do projeto piloto no convênio anterior) na escala 1:25.000 (todo oeste do estado, RMS e parte do Extremo Sul) e 197 cartas na escala 1:50.000 (semiárido). As entregas foram feitas em dois formatos, Cartas raster em formatos PDF e GeoTiff e Cartas vetoriais em formato de banco de dados geoespaciais.
Além desses produtos, também foi realizada uma ampla programação de transferência de conhecimento envolvendo as especificações técnicas da cartografia nacional aprovadas pela Comissão Nacional de cartografia (CONCAR), modelagem, estruturação e aquisição de dados vetoriais, uso do software QGIS, uso do sotfware FME, bancos de dados geoespaciais utilizando Postgres+ PostGIS, metodologia de reambulação de dados cartográficos, dentre outras.
Importância dos resultados alcançados pelo convênio com o Exército
A Bahia antes deste convênio só dispunha de uma cartografia 1:100.000 das décadas de 1970 e 1980, que foi digitalizada sobre as cartas em meio analógico (papel), portanto muito defasada temporalmente, mas com a cobertura de todo o território estadual.
“A intenção era cobrirmos todo o estado com uma cartografia atualizada e mais precisa (1:50.000 e 1:25.000), mas os insumos (ortofotos, modelos digitais de elevação e curvas de nível) contratados junto à Engemap para a elaboração da cartografia que só cobriu 2/3 do território devido a problemas climáticos)”, destaca Claudio Pelosi, diretor de Informações Geoambientais da SEI. “Mesmo não tendo a cobertura completa, essa nova cartografia garante a realização de muitos estudos sobre o território coberto, bem como a geração de cartografia temática a partir dos dados de referência entregues”, ressalta.
“Esta base cartografia integrará a cartografia nacional oficial em suas respectivas escalas uma vez que foi elaborada pelo órgão competente para homologação de tais produtos” salienta a diretora-geral da SEI, Jorgete Costa.
Em suma, o Exército e a Bahia, através da SEI, são pioneiros na elaboração de cartografia digital utilizando as mais novas normas da cartografia nacional, como: ET-PCDG (Especificação Técnica para Produtos de Conjuntos de Dados Geoespaciais) que define os padrões dos produtos vetoriais e matriciais; ET- EDGV (Especificação Técnica para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais), define um modelo conceitual e ET-ADGV (Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais) que define regras de aquisição da geometria dos dados.
Participaram da reunião da DSG- Brasilia, o General Pedro Paulo, diretor da DSG – Brasília a Tenente Coronel Soraya , chefe da 3ª Seção (Seção Técnica e de Inovação Tecnológica), Major Emerson Xavier, membro da equipe técnica da 3ª Seção, Cel Ronald, chefe da 1ª Seção (Seção de Planejamento, Integração e Controle). Do 3º Centro de Geoinformação (3º CGEO- Olinda), estiveram presentes, o Tenente Coronel Rogério, chefe do 3º CGEO, e o Major Daniel, 1º Tenente Marcus. Participaram da SEI A diretora-geral, Jorgete Costa, Claudio Pelosi, diretor de Informações Geoambientais, Rita Pimentel, assessora Técnica (Coordenadora do Convênio pela SEI), Fábio Sampaio, coordenador de Cartografia e Geoprocessamento (CARTGEO) e equipe Técnica.