Um ataque cibernético que perturbe a vida quotidiana nos EUA provavelmente custará mais do que a indústria de seguros pode pagar, e deverá exigir a intervenção do governo, disseram seguradoras e corretores.
A ideia de um apoio federal para ajudar as seguradoras a lidar com o caso de um ataque cibernético catastrófico foi examinada pelo governo nos últimos anos, mas ganhou impulso com esforços conjuntos no Departamento do Tesouro, no Gabinete do Diretor Nacional Cibernético e no Departamento de Segurança Cibernética e Agência de Segurança de Infraestrutura no ano passado. Autoridades governamentais e a indústria de seguros planejam se reunir em abril de 2024 para definir exatamente como seria esse programa.
O apoio federal no caso de um ataque catastrófico seria sem dúvida necessário, indicou John Keogh, presidente e diretor de operações da seguradora Chubb. Embora a indústria possa absorver um grande desastre natural, os efeitos de um ataque cibernético numa escala semelhante sobrecarregariam rapidamente a sua capacidade de cobrir perdas.
Alguns ataques cibernéticos custaram bilhões de dólares, incluindo a invasão pelo malware NotPetya de 2017, que causou danos estimados em US$ 10 bilhões em todo o mundo, em empresas de transporte marítimo, sistemas de saúde e empresas de logística, entre outros. Esse caso também levou a ações judiciais contra seguradoras por parte dos segurados. Os EUA atribuíram os ataques à Rússia. Moscou negou envolvimento.