Tendo que lidar com um Ministério da Saúde comandado por dois ministros — um de fato, mas que está de saída e precisa resolver a sua pele, e outro indicado, mas ainda não nomeado por pendências administrativas — os secretários de saúde dos estados relatam uma situação “insustentável” nas tratativas com a pasta.
Interlocutores dos governos estaduais dizem conforme nota publicada pela coluna Radar da revista Veja, que o momento atual “está muito difícil”, já que apesar do anúncio da troca do comando do ministério ter ocorrido há uma semana, ainda estão lidando com a equipe do general Eduardo Pazuello.
“Tudo está paralisado”, disse ao Radar nesta segunda-feira um secretário de Saúde. A descoordenação prejudica, por exemplo, as conversas sobre a escassez do chamado “kit intubação” e a crise gerada pela falta de oxigênio.
O momento para mais esse descompasso entre o governo federal e os governos estaduais não poderia ser pior: o Brasil vai fechando março como o pior mês desde que a pandemia de covid-19 chegou ao país, um ano depois.