sexta-feira 27 de dezembro de 2024
Secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha — Foto: Reprodução
Home / NOTÍCIAS / Secretário municipal é preso em ação que mira Bolsonaro
quarta-feira 3 de maio de 2023 às 12:51h

Secretário municipal é preso em ação que mira Bolsonaro

NOTÍCIAS


Mais um alvo da Operação Venire, o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, João Carlos de Sousa Brecha, também foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3), conforme o g1. Ele está entre os seis presos durante a ação, que fez busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Também está na mira das buscas o deputado federal Gutemberg Reis (MDB), irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, atual secretário estadual de Transportes, do governo de Cláudio Castro.

Conforme o g1, a polícia foi a endereços ligados ao político em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Gutemberg, que tem passaporte diplomático, teria falsificado o cartão de vacinação contra a Covid.

Mas segundo ele, a busca e apreensão da Polícia Federal aconteceu no endereço antigo dele no Rio de Janeiro. Desde terça-feira, 2, o deputado está em Brasília e disse que não houve busca e apreensão em seu gabinete, ou no endereço dele na capital federal.

Gutemberg negou qualquer fraude no cartão de vacinação dele e disse que tomou todas as doses da vacina, mas teve um problema no Conecte SUS. Ele afirmou ainda que o problema foi corrigido quando foi a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a China.

Outros presos

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, também está entre os presos, assim como o policial militar da reserva Max Guilherme Machado de Moura, ex-sargento do Bope.

Outro preso foi Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança do ex-presidente. Já outro assessor, Marcelo Câmara, foi alvo de busca e apreensão.

A investigação

A polícia investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e pessoas próximas nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A inclusão dos dados falsos aconteceu entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado.

Segundo a TV Globo e a GloboNews, teriam sido forjados os certificados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, da filha dela, Laura Bolsonaro, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, além do da mulher e da filha dele.

A PF investiga ainda outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As condutas investigadas podem configurar, crimes de:

-infração de medida sanitária preventiva;

-associação criminosa;

-inserção de dados falsos em sistemas de informação;

-corrupção de menores.

A Polícia Federal afirma que o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid”, diz o órgão.

Ao todo, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Também estão sendo analisados o material apreendido durante as buscas, além da realização de oitivas de pessoas envolvidas nos fatos.

Veja também

Nasa diz que sonda que fez maior aproximação do Sol na história está ‘segura’

Após se tornar o objeto enviado por humanos a chegar mais perto do Sol na …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!