Leo Prates faz um apelo a população, para que ajude a combater o mosquito
Salvador segue em alerta para uma possível epidemia das arboviroses (dengue, zika Vírus e Chikungunya ). Levantamento de índice para o Aedes aegypti (LIRAa) aponta ainda, que o índice de infestação Predial (IIP)) na capital baiana se mantém estável em relação ao anterior (abril/2019), em 2,7%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, aproximadamente três apresentaram focos do mosquito. O secretário de saúde do município, Leo Prates faz um apelo a população, para que ajude a combater o mosquito.
Para o titular da secretaria de saúde de Salvador (SMS), a conscientização é uma importante aliada no combate destas doenças, e ações de prevenções por parte da população são de suma importância para o êxito na luta contra o Aedes aegypti, “nós fazemos um apelo a toda população da cidade para que nos ajudem a combater este mosquito, que, embora pequeno, oferece grandes riscos às pessoas. Ações simples podem fazer a diferença, assim como disseminar para a comunidade e pessoas próximas a importância de agir dentro de casa, e de ser um tipo de multiplicador onde mora. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está fazendo tudo que é possível para amenizar os focos, e podem ter certeza que estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para vencermos essa batalha, investindo pesado, porém, a ajuda da população, é imprescindível para vencermos essa guerra. Todos contra o mosquito! ”
De acordo com a Secretaria, em 2018 foram registrados 1269 casos de dengue, 80 de chikunguya e 66 de Zica vírus. Este ano no mesmo período de Janeiro a agosto foram registrados 5073 casos de dengue, 1576 de Chikungunya e 331 de Zica vírus.
Apesar do índice de infestação permanecer estável comparado ao último estudo, o novo LIRAa apontou que Salvador reduziu o número de bairros com alto risco endêmico, passando de 28 para 14 localidades com indicador acima de 4%.
“É um resultado muito tímido levando em conta todos os esforços da gestão em manter a cidade livre das doenças que são causadas pelo mosquito. É importante que a população também faça o seu papel e nos ajude nesse trabalho ininterrupto limpando seus respectivos quintais, ficando atentos aos vasos de plantas e mudando hábitos como deixar de jogar lixo nas ruas. Se todos não fizerem a sua parte, fragiliza o nosso trabalho,” pontuou Isolina Miguez, subcoordenadora de Controle das Arboviroses.
Já a coordenadora do CCZ , Andréa Salvador, destaca “ de acordo com os estratos do LIRAa estamos com risco de alerta vermelho em cerca de 13% de Salvador. São as regiões de Lagoa da Paixão, Valéria II, Alto do Cabrito, Bela Vista do Lobato, Boa Vista do Lobato,, Nordeste de Amaralina, Amaralina, Caminho das Àrvores, Itaigara, Pituba, RioVermelho, Itapuã I, Arraial do Retiro, Barreiras, Arenoso, Tancredo Neves I, Calabetão, Mata Escura II, Santo Inácio, Castelo
Branco II, Dom Avelar, Sete de Abril II, Castelo Branco III, Lobato, Plataforma II, São João do Cabrito e Fazenda Coutos.” De acordo com Andréa, apesar do índice de infestação estar estabilizado em 2,7%, a SMS resolveu intensificar as ações “para controlar de vez a ameaça de epidemia. Estamos intensificando em escolas e até em Unidades de Saúde, onde há ameaça vamos agir.”
A Lagoa da Paixão e Valéria foram os bairros que apresentaram maior índice de infestação (9,9%), seguido da Coutos e Vista Alegre (7,3%), além de Lobato, Plataforma e São João do Cabrito (7,0%). Já a localidade da Boca do Rio apresentou o indicador mais baixo da cidade com 0,2%.
Mutirões de limpeza
Na sexta-feira (23), as equipes do CCZ , em conjunto com a LIMPURB realizaram mutirões simultâneos em quatro bairros da cidade. Durante a ação, os agentes de combate às endemias visitaram as comunidades de Vila Canária, Vale dos Lagos, Pituba e Amaralina. Na mobilização, os moradores colaboraram com a iniciativa descartando entulhos e materiais inservíveis que podem ser colocados em frentes as suas casas para recolhimento. Além disso, os profissionais atuaram com visitas casa a casa para identificação e eliminação dos criadouros do vetor, além do tratamento de focos em terrenos baldios e busca ativa de indivíduos com sintomas dos agravos.
Armadilhas
Mais uma linha de atuação para o enfrentamento ao Aedes aegypit na cidade foi implantada pela gestão nesta semana. Os agentes de combate às endemias iniciaram a instalação de armadilhas contra o mosquito em localidade do Distrito Sanitário São Caetano/Valéria. Durante a iniciativa que visa expandir os modos de controle do índice de infestação predial na capital baiana, cerca de 120 produtos do modelo Loc ovitramp foram colocados em pontos estratégicos da região.