Apontado como um dos principais defensores da vacina da Pfizer dentro do governo federal, o secretário de comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, procurou, nas últimas semanas segundo a coluna de Bela Megale no O Globo, alguns empresários da iniciativa privada para estimulá-los a trazer a vacina do laboratório para o Brasil.
A atuação está alinhada com uma mudança de tom de Jair Bolsonaro. Ontem, o presidente agradeceu à China pela exportação do imunizante da Coronavac para o Brasil e hoje defendeu a compra das vacinas por empresas.
Como a coluna informou, em dezembro Wajngarten participou de conversas com a Pfizer, na tentativa de destravar a compra da vacina desenvolvida pelo laboratório. O secretário culpa o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello pelas dificuldades na negociação.
Mesmo assim, o laboratório tem esperança de fechar negócio com o governo federal. Esse foi um dos motivos de a empresa não ter respondido a nota emitida no sábado (23) pelo Ministério da Saúde. O documento critica cláusulas apontadas como “abusivas”, diz que o acordo com a Pfizer “causaria frustração em todos os brasileiros” e que o número de 2 milhões de doses previstas para o primeiro trimestre é “considerado insuficiente pelo Brasil.”