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sábado 2 de fevereiro de 2019 às 07:20h

Secretário culpa o PT por polêmicas em festa; entenda

POLÍTICA


Diante da recomendação do Ministério Público estadual (MP-BA) para que a prefeitura de Salvador exclua ou altere a propaganda da Festa de Iemanjá, a gestão municipal disse que analisa o pleito antes de decidir se vai atendê-lo ou não. A resposta foi publicada pelo Bahia Notícias, que afirmou ter recebido através da assessoria de comunicação da Secretaria de Cultura e Turismo da capital.

Titular da pasta, Claudio Tinoco se manifestou sobre a questão em seu Facebook e atribuiu a polêmica criada em torno do assunto a “militantes e políticos do Partido dos Trabalhadores, que acusaram a peça promocional de ‘racismo religioso’”. A publicidade em questão altera o nome da celebração de “Festa de Yemanjá” para “Dois de Fevereiro”.

Material publicitário em questão altera o nome da celebração de “Festa de Yemanjá” para “Dois de Fevereiro”.

No entendimento do MP, essa mudança ofende a integralidade dos legados cultural e identitário dos povos de terreiros de religiões afro-brasileiras. A recomendação foi assinada pela promotora de Justiça Lívia Vaz.

Em defesa da prefeitura, Tinoco conta que o título em referência à data foi dado pelo compositor Dorival Caymmi “numa das mais consagradas homenagens à Festa de Iemanjá”.

“Não sei ao certo o que orientou a sua composição. Mas sei que a data fixa dessa festa popular há muito tempo está no imaginário de soteropolitanos e turistas, marcando o calendário de participação numa das mais expressivas manifestações originária do sincretismo religioso característico do povo baiano”, afirmou o secretário, questionando se os críticos da gestão municipal iriam acionar a Justiça para tentar mudar o título da música.

Tinoco reforça ainda que a prefeitura respeita a liberdade de crença e de expressão de todos os cidadãos e que atua no fortalecimento de símbolos, a exemplo da requalificação da Colina Sagrada, da construção da Praça da Bíblia e do centro comunitário do Terreiro do Gantois.

“Portanto, não há que se falar em ‘racismo institucional religioso’ numa única peça promocional que dialoga com o imaginário popular. Todo baiano sabe que as Festas Populares têm o essencial caráter religioso, mas também o chamado lado ‘profano’. Por isso, muitos se referem à Festa do Rio Vermelho. Esse bairro que antes estava escuro, sujo e esburacado, mas foi requalificado pela Prefeitura, inclusive a Casa de Iemanjá ao lado da Igreja de Sant’Ana”, elenca.

No caso da celebração deste sábado (2), a prefeitura ressalta que implantou a infraestrutura e os serviços necessários para sua realização, como a construção do caramanchão e o patrocínio à Colônia de Pescadores Z1, que é a instituição responsável pela execução dos festejos tradicionais.

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