O Palacete Machado, localizado no bairro de Roma, em Salvador, pode ser transformado segundo o BATV, da rede Bahia, em um hotel de luxo. A informação é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), que autorizou uma empresa BM Varejo e Empreendimentos S.A a elaborar um estudo de viabilidade do projeto.
O palacete foi construído no século 19, utilizado como residência e depois transformado em asilo. O local está abandonado há pelo menos cinco anos, quando deixou de ser a sede do abrigo de idosos.
De acordo com a prefeitura de Salvador, a empresa fará um estudo de Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada (MIP), que deverá ser entregue até o dia 5 de novembro.
Ainda segundo a prefeitura, atualmente parte do palacete é utilizado como estacionamento e estrutura administrativa pelas Obras Sociais Irmã Dulce. Com o estudo, essas funções poderão ser realocadas para outro imóvel.
No ano de 2013, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) publicou uma nota sobre uma notificação que fez no imóvel, quando ainda funcionava como asilo. Foram constatados vestígios de fezes nos armários da cozinha, pavilhões abandonados e com lixo, além de problemas de acessibilidade para os idosos, que precisavam subir longos lances de escadas para chegar nos quartos.
Os jardins que cercam o palacete também estavam abandonados e os idosos que moravam no asilo não podiam utilizá-los por causa da altura do mato.
Na nota do órgão sobre a notificação, havia a informação de que pesquisas apontam que o palacete chegou a ser o maior de toda a Bahia, além de ter sido moradia de um embaixador português e do primeiro diretor do Banco do Brasil.
Em 1887, a residência luxuosa que conta com capela e salão nobre, foi transformada no Asilo de Mendicidade Santa Isabel, e em 1943 o nome mudou para Abrigo D. Pedro II.
Quase 40 anos depois da mudança de nome, em 1980 a construção foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e consta nos livros de tombo Histórico e de Belas Artes.