domingo 22 de dezembro de 2024
Palácio do Alvorada passa por reparos antes de receber Lula e Janja - Foto: Isac Nóbrega/PR
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quinta-feira 21 de março de 2024 às 11:02h

Secom culpa Bolsonaro por falha na identificação de objetos sumidos do Alvorada

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A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República publicou uma nota, no início da noite desta última quarta-feira (20), em que diz que o relatório que apontava o desaparecimento de 261 itens do mobiliário do Palácio do Alvorada foi elaborado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Dessa forma, segundo a pasta, era a gestão do ex-presidente quem não sabia em que locais os objetos estavam.

De acordo com o texto, o relatório foi emitido em 4 de janeiro de 2023, concluindo um trabalho feito durante o governo Bolsonaro e finalizado pela equipe do governo anterior. “Foi essa a informação recebida no início desta gestão. Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle”.

Na manhã desta quarta-feira, veio a público que a União havia encontrado todos os 261 itens do mobiliário do Alvorada que foram dados pela gestão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como desaparecidos. Os objetos foram encontrados dentro da própria residência oficial da Presidência da República, em Brasília.

Logo no início do terceiro mandato de Lula, o suposto sumiço do patrimônio foi motivo de acusações e ataques do petista e da primeira-dama Janja da Silva ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a esposa dele, Michelle Bolsonaro. O então “desaparecimento” dos objetos foi utilizado como argumento pelo governo federal para fazer uma compra de várias mobílias de luxo sem licitação, que chegou a quase R$ 200 mil reais.

Ainda de acordo com a nota, a Secom afirma que os móveis comprados para viabilizar a mudança do presidente ao Palácio do Alvorada foram “imprescindíveis” para recompor o ambiente do local de acordo com seu projeto arquitetônico, e que “não são os mesmos da lista de patrimônio perdido”.

“Foram comprados para recompor o ambiente do Palácio que estava deteriorado, como foi mostrado inclusive por jornalistas. Também não quer dizer que os 261 móveis encontrados estavam em condições de uso. O patrimônio adquirido não pertence, assim como todo o patrimônio do Alvorada, a um ou outro presidente, mas sim compõe o patrimônio e mobiliário presidencial”, finaliza a pasta.

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