O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), juntou sua voz na noite desta última terça-feira (24) aos demais críticos do atual detentor do cargo máximo do Poder Executivo, Jair Bolsonaro, em resposta ao pronunciamento oficial sobre o novo coronavírus. Em sua fala, o mandatário voltou a falar em “histeria” em torno da pandemia e criticou o fechamento de escolas, entre outras medidas adotadas por governos e municípios.
Eu não ia voltar ao tema, mas o Pr repetiu opiniões desastradas sobre a pandemia. O momento é grave, não cabe politizar, mas opor-se aos infectologistas passa dos limites. Se não calar estará preparando o fim. E é melhor o dele que de todo o povo. Melhor é que se emende e cale.
— Fernando Henrique Cardoso (@FHC) March 25, 2020
“Eu não ia voltar ao tema, mas o Pr (presidente da República) repetiu opiniões desastradas sobre a pandemia”, escreveu Fernando Henrique em sua conta do Twitter. “O momento é grave, não cabe politizar, mas opor-se aos infectologistas passa dos limites”, acrescentou.
Segundo o Estdadão, o tucano ainda ainda deixou implícita a possibilidade de Bolsonaro cair do cargo se não abandonar as declarações que minimizam o risco do coronavírus. “Se não calar estará preparando o fim. E é melhor o dele que de todo o povo. Melhor é que se emende e cale”, concluiu.
Durante o pronunciamento, o presidente voltou a ser alvo de panelaços em ao menos 10 grandes cidades do País: São Paulo, Brasília, Curitiba, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre e Belém. Os protestos começaram com mais intensidade a partir das 20h30, quando o presidente deu início ao discurso. A hashtag (palavra-chave) #ForaBolsonaro? esteve entre os assuntos mais comentados no Twitter à noite.
A fala de Bolsonaro gerou uma série de críticas de diversos detentores de cargos públicos, incluindo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.