O número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ocupados nos hospitais de Salvador cresceu 5% em menos de 24h e chegou a taxa de 88% na manhã desta terça-feira (26) de acordo com o gestor da Secretária Municipal de Saúde (SMS), Leo Prates, em entrevista ao ‘Isso é Bahia’, na rádio A TARDE FM.
Segundo o secretário da Saúde, este aumento é preocupante porque os leitos de UTI são bens finitos e, se continuar com esta taxa de ocupação, a capital baiana pode chegar ao colapso do sistema de saúde.
A preocupação aumenta, também, porque a ocupação das UTIs continuam crescendo mesmo após a Prefeitura e o Governo do Estado aumentarem o número de leitos em Salvador.
“Estamos fazendo hospitais que demorariam mais de um ano em apenas 30 ou 40 dias, mas ficamos preocupados porque está acontecendo esta ampliação expressiva e a gente não vê a taxa de ocupação de leitos de UTI abaixar”, comenta Leo Prates.
Sagrada Família
Ainda segundo o gestor da SMS, nesta terça vão ser abertos no Hospital da Sagrada Família mais cinco leitos de UTI e 20 leitos clínicos. A previsão é que na próxima segunda-feira, 1º de junho, seja aberto os 20 leitos de UTI planejados para a primeira fase e mais 55 leitos clínicos.
Com isso, Salvador possui na sua rede saúde, implantados pela Prefeitura, 129 leitos de UTI com respiradores exclusivos para atender pacientes diagnosticados com Covid-19.
Retomada econômica
Para o secretário Leo Prates, a retomada econômica da capital baiana e o afrouxamento das restrições de isolamento social só vão ser praticadas quando a taxa de ocupação dos leitos de UTI diminuírem para, no mínimo, 70%.
“O ideial seria 50% das ocupações dos leitos de UTI, mas técnicos acreditam que podemos começar uma flexibilização das medidas de restrição abaixando esta taxa para 70%. Para isso nós precisamos da colaboração das pessoas”, destacou o secretário.
Com isso, conforme Prates, é preciso seguir a recomendação de isolamento social e evitar sair de casa se não for necessário. “O principal motivo das medidas restritivas, que é possibilitar que a pessoa tenha direito de lutar pela vida. O maior gesto de amor é ficar em casa e para isso precisamos da colaboração das pessoas”, finalizou o titular da pasta.