Salvador está se destacando como pioneira na proteção das vítimas de violência contra a mulher no Brasil. Em uma iniciativa inovadora, a cidade será a única no país a implementar um serviço de patrulha para proteger as mulheres nas primeiras 48 horas após a denúncia de violência. Esse período é considerado o mais crítico, quando as vítimas correm maior risco de vida, como destaca a vereadora Ireuda Silva (Republicanos).
A idealizadora da Patrulha Guardiã Maria da Penha, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher compartilhou sua visão e expectativas em relação a essa nova medida. Ireuda, conhecida por sua atuação incansável na defesa dos direitos das mulheres, vê o projeto como um marco significativo na luta contra a violência doméstica.
“Salvador está dando um passo gigantesco em direção à proteção das mulheres. Sabemos que as primeiras 48 horas após a denúncia são as mais perigosas para as vítimas de violência doméstica. A criação dessa patrulha é uma resposta direta a essa necessidade urgente”, afirma a vereadora.
A patrulha será coordenada exclusivamente por mulheres da Guarda Civil Municipal, garantindo que as vítimas se sintam mais acolhidas e compreendidas. “A presença de uma guarda mulher não só aumenta a sensação de segurança, mas também promove uma empatia e um entendimento mais profundo das dificuldades enfrentadas pelas vítimas”, explica Ireuda.
Apoio psicológico
Além de garantir a segurança física das mulheres, a patrulha tem um papel fundamental na orientação e apoio psicológico. “Estamos falando de uma abordagem integrada, na qual a proteção física é combinada com suporte emocional. Queremos que as mulheres se sintam seguras e apoiadas em todos os aspectos”, destaca a vereadora.
A iniciativa foi bem recebida pela população e por organizações de defesa dos direitos das mulheres. “Essa patrulha não só protege as vítimas, mas também envia uma mensagem clara de que Salvador não tolera a violência contra a mulher. Estamos prontos para agir rapidamente e com firmeza”, enfatiza.
A vereadora Ireuda Silva acredita que essa medida pode inspirar uma mudança nacional na forma como a violência contra a mulher é tratada. “Espero que outras cidades adotem medidas semelhantes e que possamos, juntos, criar um ambiente mais seguro e justo para todas as mulheres do nosso país”, finaliza.