A Prefeitura de Salvador divulgou nesta última quinta-feira (21) a 3ª edição do Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa, que apontou avanços na capital baiana. O relatório foi apresentado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) em evento realizado no Palácio Thomé de Souza ao lado dos titulares das secretarias de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis), Marcelle Moraes, e de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, além do secretário executivo adjunto do ICLEI América do Sul, Rodrigo Corradi.
O inventário é um instrumento gerencial que permite quantificar as emissões de uma determinada instituição ou de comunidades e possibilita conhecer o perfil das emissões resultantes das atividades de seus diferentes setores. O primeiro inventário de Salvador foi apresentado em 2013. De lá para cá, os dados que orientam a cidade quanto às suas emissões servem de informação e recomendação para adoção de estratégias de mitigação e adaptação, além de parâmetro para formulação de políticas públicas.
O prefeito Bruno Reis falou sobre o esforço municipal de contribuir na redução das emissões através de diversas políticas públicas e avaliou como positivo os avanços de Salvador, que registrou o menor índice de emissões da história em 2022.
“Entendemos as exatas consequências da gravidade que o efeito estufa tem causado no mundo com fenômenos da natureza vindo em intensidade muito maior. Agora, ou vai haver uma consciência global de todos os líderes, ou infelizmente teremos que conviver cada vez mais com catástrofes. Salvador não discutia esse tema e estava fora dessa agenda. Por uma visão de gestão eficiente e modernidade para ter desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade, atento às mudanças e seus efeitos, estamos engajados”, detalhou.
O gestor destacou que os efeitos das mudanças climáticas podem ser percebidos até mesmo na aplicação dos recursos públicos. Para manutenção da cidade, por conta do período de chuvas, a Prefeitura aplicava anualmente R$80 milhões. Agora, desde 2021, o montante investido é em média R$120 milhões por ano.
O transporte público representa 70% da emissão dos gases do efeito estufa, sendo um desafio para as diversas cidades do país. Por isso, a capital tem investido em tecnologia e inovação com a aquisição de ônibus elétricos. Parte da frota de ônibus do sistema de transporte público já foi renovada com adoção de ônibus com motor Euro 6, muito mais limpo, além de que a capital já conta com ônibus elétricos no sistema BRT.
“Salvador tem feito investimentos dado sua contribuição para o mundo na redução da emissão dos gases. Temos que avançar ainda e fazer mais investimentos. Esse inventário vai estar aqui como uma bússola para nortear nossas decisões. Todos esses estudos que são feitos nos permitem tomar decisões mais acertadas, servir de cobrança para o cumprimento das metas de medidas que temos que adotar. Temos disposição para abraçar ideias e é assim que fazemos uma gestão de vanguarda”, concluiu Reis.
Pensando no futuro – Para contribuir na redução de emissões de gases poluentes, a cidade tem adotado diversas iniciativas como a inauguração de parque públicos com preservação da Mata Atlântica, implantação de dez Casa+Soma e novos ecopontos. As medidas são alinhadas com as metas do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PMAMC). Outras iniciativas são o incentivo à utilização de energia fotovoltaica, modernização do sistema de iluminação pública, que adotou lâmpadas de LED em 100% da cidade, e, mais recentemente, a criação de um terminal público de recarga de ônibus elétricos.
Dados – Esta edição do documento foi coordenada pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade (América do Sul) e apresenta dados que passaram pela Covid-19 e a volta à normalidade pós-pandemia. O relatório estará disponível para consulta no site da Secis.