Salvador ocupa o último lugar no ranking que avalia a transparência e usabilidade das informações governamentais urbanas disponíveis em plataformas digitais online.
Entre oito cidades analisadas, a capital baiana apresentou o menor percentual, de 5%, referente à base de dados abertos entre os locais pesquisados, de acordo com o estudo Índice de Dados Abertos para Cidades.
O índice geral de transparência de dados públicos em Salvador foi de 55%, abaixo da média dos oito municípios analisados, de 65%.
O estudo, divulgado nesta quitna-feira, 10, foi realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e organização OpenKnowledge Brasil, em parceria com o Núcleo de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e com entidades locais da sociedade civil.
Os principais dados que alcançaram avaliações negativas foram referentes ao transporte público (35%) e leis municipais e qualidade do ar, ambos com 50%. Em contrapartida, a capital baiana indicou avaliações positivas sobre criminalidade (85%), orçamentos da rede estadual e municipal de educação (90%) e dados eleitorais (100%).
A avaliação foi composta por critérios como: dados completos e detalhados, primários, atuais, acessíveis, processáveis por qualquer máquina, livres de licença e formatáveis.
Nas oito cidades brasileiras analisadas, foram avaliadas 136 bases, e somente 25% delas foram consideradas de acordo com a definição de dados abertos. Ou seja, dados que qualquer cidadão pode acessar livremente, fazer a reutilização e até a redistribuição dos mesmos.
Já na avaliação das bases, os critérios considerados foram: dados completos e detalhados, primários, atuais, acessíveis, processáveis por qualquer computador, livres de licença e formatáveis. No total, o estudo considerou 18 dimensões, entre eles: escolas públicas, resultados eleitorais, estatísticas socioeconômicas, criminais, gastos públicos, leis em vigor, limites administrativos e compras públicas.
Nordeste
Representada pelas cidades de Salvador e Natal, a região Nordeste apresentou o pior desempenho. Natal representou a cidade com as maiores dificuldades de acesso. Salvador não dispõe de base de dados completa para download, além de estar desatualizada. São Paulo foi a única cidade a dispor de bases de dados para todas as dimensões avaliadas.
Por Aina Soledad