A cúpula do PT-BA não esconde segundo o jornal Tribuna, a preocupação com a saída do marqueteiro baiano Sidônio Palmeira e do senador Jaques Wagner (PT) da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo da Bahia. Os dois foram convidados para atuar na campanha do ex-presidente Lula (PT) ao Palácio do Planalto.
À Tribuna, integrantes da cúpula do PT disseram que foram “surpreendidos” com a ida de Wagner para a coordenação política da campanha de Lula, e de Sidônio para a comunicação nacional. O senador petista era considerado o “coordenador natural” da campanha de Jerônimo. Inclusive, ele foi o principal articulador do retorno do MDB para a base governista. A avaliação dentro do PT-BA é que hoje a prioridade é toda para a vitória de Lula, e tem se deixado de lado a eleição para governador.
Um integrante petista chegou a dizer, reservadamente, que o lema da campanha de Jerônimo foi trocado de “Mais Bahia, Mais Brasil” para “Mais Brasil, Menos Bahia”. Antes de ser convidado para a coordenação da comunicação de Lula, Sidônio já trabalhava na concepção do pleito baiano. Ele foi convocado após o marqueteiro Augusto Fonseca ser afastado em meio a críticas internas no partido. Fonseca foi afastado como consequência de uma disputa entre o coordenador da pré-campanha, o jornalista Franklin Martins, e o secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, sobre os rumos da campanha.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a Leiaute Propaganda – empresa de Sidônio Palmeira – cobrou R$ 44,5 milhões para o primeiro e o segundo turno das eleições. Pela proposta apresentada, em dezembro de 2021, pela empresa seriam R$ 31,8 milhões para o primeiro e R$ 12,7 milhões para o segundo turno da campanha de Lula. Esse orçamento prevê a realização de cerca de 90 pesquisas qualitativas e duas quantitativas.
Com a saída de Sidônio da coordenação da comunicação da campanha de Jerônimo, o nome mais cotado para assumir o posto é do secretário de Comunicação do governo Rui Costa, André Curvello. Já para ser coordenador político tem sido especulado o senador Angelo Coronel (PSD) e o chefe de gabinete do governador Rui Costa (PT), Cícero Monteiro. A avaliação é de que se precisa de um “nome de peso” e que tenha o “respeito” dos partidos aliados para ser o condutor na campanha estadual.
De acordo com petistas, com a ida de Wagner para trabalhar na eleição de Lula, houve um “vácuo” na campanha de Jerônimo e há hoje um “improviso” para resolver o vazio. Ex-presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, por exemplo, tem atendido às demandas dos candidatos a deputado federal e estadual. Já Lucas Reis, que é chefe de gabinete de Wagner, tem ajudado na questão financeira.