A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou o real acusado de cometer injúria racial contra camareiras em um apart hotel no Leblon, zona sul da capital fluminense, nesta última sexta-feira (8), registra Igor Gadelha, em sua coluna no Metrópoles.
Segundo investigadores, o acusado é o empresário Marcos José Pieroni dos Santos, e não o chanceler brasileiro, Mauro Viera, como constava erroneamente no boletim de ocorrência.
Neste momento, os policiais estão em diligência pelas ruas da capital fluminense para tentar prender o empresário ainda em flagrante — o crime ocorreu por volta das 11h30 desta sexta.
Como começou a confusão
Segundo relatos das vítimas à polícia, o incidente começou quando Marcos dos Santos pediu para uma camareira do apart hotel abrir o apartamento 801 com uma chave mestra.
A funcionária, porém, teria se negado. O empresário, então, fez o mesmo pedido a outra camareira que passava no corredor, a qual também se negou a abrir o apartamento.
Nesse momento, então, Marcos do Santos teria começado a ofender as funcionárias, as chamando de “macaca fedorenta” e “preta suja”, dentre outros xingamentos.
Após o episódio, uma das camareiras comunicou o ocorrido à síndica, que acionou a polícia. O empresário, porém, já tinha deixado o hotel quando os policiais chegaram.
A polícia levou as vítimas para a delegacia, onde uma das camareiras prestou o depoimento. Durante a oitiva, a funcionária se referia ao agressor como “Mauro”.
De acordo com investigadores, a confusão se deu porque, ao checar quem seria o dono do apartamento 801, a síndica teria informado que o chanceler Mauro Vieira seria o proprietário.
A confusão, porém, só foi esclarecida quando os policiais checaram as câmeras de segurança do apart hotel e constataram que o agressor não era o ministro do governo Lula.
Chanceler estava em outro local
Como noticiou a coluna, Mauro Vieira admite ser dono de um apartamento no apart hotel. No momento do ocorrido, porém, o chanceler estava dando uma entrevista a um veículo de imprensa argentino.
A entrevista pelo ministro foi concedida no apartamento que ele tem em Copacabana e no qual costuma ficar sempre que vai à capital fluminense. Assessores acompanhavam a agenda.