Os candidatos a prefeito do Novo gastaram R$ 5,9 milhões nas campanhas eleitorais. Receberam, somados, 420 mil votos. Ou seja, cada voto custou R$ 14. A média nacional de todos os partidos foi R$ 7,50.
O cálculo foi feito conforme o Poder360 com a última parcial enviada pelos candidatos. As prestações de contas finais devem ser entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 15 de dezembro pelos que não concorrem no 2º turno. Os que disputam têm até 29 de dezembro.
O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, disse que os números são favoráveis ao partido. “Conseguimos captar bem“. Segundo ele, isso é “1 sinal de que as pessoas acreditam no projeto“.
O partido não usa dinheiro público em suas campanhas, apenas o que consegue com doações, que, pela legislação, só podem ser feitas por pessoas físicas. A sigla não elegeu nenhum prefeito no 1º turno. Ribeiro atribui isso à falta de debates na TV.
O PSL, que elegeu só 11,97% de seus candidatos a prefeito, ficou em 2º lugar no custo por voto para prefeito, com R$ 13,5. Os candidatos a tiveram 2,8 milhões de votos. Gastaram, até a última parcial, R$ 37,7 milhões. Verba pública é a origem de 99% desses gastos.
Depois de eleger 52 deputados em 2018, o ex-partido de Bolsonaro foi o 2º que mais recebeu Fundo Eleitoral em 2020, atrás apenas do PT. Elegeu 92 prefeitos. O Republicanos, com gasto semelhante, elegeu 213. O presidente da legenda, Luciano Bivar, disse em entrevista que “o dinheiro é relativo”.
O Psol gastou R$ 2,8 por voto. Foi o custo mais baixo entre os partidos com representação no Congresso Nacional. O menor gasto de todos os partidos foi do PCB, que teve 6 candidatos a prefeito, 2.416 votos e, até agora, R$ 1.100 de despesas. O Psol vem em seguida. Gastou R$ 6,6 milhões, mas teve 2,2 milhões de votos.
Organização reduz custos na avaliação do cientista político David Fleischer, professor da UnB (Universidade de Brasília). “Com o perdão do trocadilho, quando o partido é novo precisa compensar a organização menor com mais recursos.”