A Europa e os Estados Unidos proibiram a importação de petróleo russo para cortar uma fonte de receita crucial para o Kremlin. Mas o plano de causar dor ao presidente Vladimir Putin, forçando-o a reconsiderar sua guerra na Ucrânia, não funcionou.
A Rússia está ganhando tanto dinheiro com as exportações de energia quanto antes da invasão no final de fevereiro. Enquanto isso, a inflação está aumentando globalmente, aumentando a pressão política sobre líderes como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o presidente francês Emmanuel Macron.
À medida que os líderes das principais economias se reúnem na Alemanha no domingo (26) para uma reunião do G7, eles tentarão chegar a um consenso sobre o que fazer a seguir. Infelizmente, no petróleo, poucas boas opções estão disponíveis.
Várias medidas estão sendo discutidas, desde tetos de preços para importações de energia russa, compras centralizadas pela União Europeia, proibições de seguros em navios e visando países que continuam comprando de Moscou.
Todos eles têm desvantagens, e alguns podem aumentar ainda mais os preços – arriscando o apoio popular à decisão do Ocidente de punir Putin.
“Existem ferramentas disponíveis para ir mais longe depois da Rússia, mas elas vêm com custos significativos diretamente para os consumidores nos Estados Unidos e na Europa”, disse Robert Johnston, pesquisador sênior adjunto do Columbia Center for Global Energy Policy.
A imposição de sanções a países que continuam a recolher grandes volumes de petróleo bruto russo, incluindo China e Índia, causaria estragos nos mercados globais que já estão sob forte pressão.
E embora a secretária do Tesouro Janet Yellen tenha dito recentemente que os Estados Unidos querem discutir um teto para o preço do petróleo russo, um mecanismo tão complexo pode não ser a solução que o Ocidente está procurando.
“Isso distorce o mercado em um momento em que o mercado certamente precisa funcionar bem e há muitas soluções alternativas”, disse Johnston.