A situação da Polônia entrou em pauta em Bali, na Indonésia, onde os líderes mundiais estão reunidos para a cúpula do Grupo dos 20 (G20) nesta quarta-feira (16).
Durante a manhã, no horário local, o presidente dos EUA, Joe Biden, realizou uma reunião de emergência com representantes de algumas nações sobre o míssil de fabricação russa que atingiu o território polonês na terça-feira (15).
Além de Biden, o chanceler alemão Olaf Scholz, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, o presidente francês Emmanuel Macron, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, a primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o Conselho Europeu Presidente Carlos Michel estavam na reunião emergencial.
Uma discussão oficial do G20 ainda deve ocorrer nesta quarta-feira. Antes do encontro de emergência, o governo de Macron informou que o presidente francês havia convocado conversas sobre o tema ao grupo.
“O presidente entrou em contato com a liderança polonesa e está sendo informado sobre a evolução da situação”, disse o porta-voz do governo francês.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também fez menção à proposição de uma reunião do G20 sobre o assunto.
“Vou propor uma reunião de coordenação na quarta-feira com os líderes da UE [União Europeia] presentes ao G20 aqui em Bali”, disse Michel em um tweet após conversar com o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki.
O projétil de origem russa atingiu a Polônia em uma região próxima à fronteira com a Ucrânia, matando duas pessoas. Até o momento, não há confirmação sobre quem lançou o míssil.
Rússia diz que imagens mostram que míssil que atingiu Polónia é da defesa ucraniana
A Rússia disse esta quarta-feira (16) que as imagens captadas a partir do local da explosão na Polônia mostram fragmentos de um míssil ucraniano e que o ataque russo na Ucrânia mais próximo da Polônia foi a 35 km da fronteira polaca.
Também o presidente norte-americano havia afirmado que é “improvável” que o ataque com recurso a míssil que atingiu esta terça-feira a Polônia tenha sido lançado a partir da Rússia.
Questionado sobre se o míssil foi disparado a partir da Rússia, o líder norte-americano disse que havia “informações preliminares que contestam” essa possibilidade. “É improvável que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos”, acrescentou.
“Concordamos em apoiar a investigação da Polônia sobre a explosão. Vamo-nos certificar de que vamos descobrir exatamente o que aconteceu e vamos determinar coletivamente o nosso próximo passo”, afirmou, à margem da cúpula dos G20.
A explosão na Polônia, um membro da OTAN, despertou imediatamente a preocupação de que a aliança fosse atraída diretamente para a guerra, uma vez que um ataque a um dos aliados é considerado um ataque à OTAN.