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domingo 24 de julho de 2022 às 07:25h

Rússia admite ter atacado porto de Odessa após acordo sobre grãos

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Moscou assume responsabilidade por bombardeio contra terminal ucraniano no Mar Negro horas após assinar com Kiev plano para exportação de cereais. No sábado, o Kremlin negara à Turquia envolvimento no ocorrido. O governo russo confirmou neste domingo (24) que atacou no dia anterior o porto de Odessa com mísseis, destruindo “infraestruturas militares” no terminal no Mar Negro, ponto vital para a exportação de grãos ucranianos.

O bombardeio ocorreu apenas horas após Moscou e Kievassinarem um acordo, mediado pela ONU e a Turquia, para permitir escoamento dos cereais ucranianos bloqueados devido à guerra.

“Mísseis Kalibr destruíram a infraestrutura militar do porto de Odessa, com um ataque de alta precisão”, escreveu a porta-voz do Ministério do Exterior russo, Maria Zakharova, em sua conta no Telegram.

Zakharova afirmou que os mísseis destruíram, entre outros alvos, um “barco militar” ucraniano, sem dar detalhes ou provas.

A declaração desmente informação do dia anterior, quando a Rússia negou à Turquia que estivesse envolvida no ataque. “Os russos nos disseram que não tinham absolutamente nada a ver com o ataque e que estavam estudando o assunto muito de perto”, disse neste sábado (23) o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar.

“Barbárie”

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, denunciou o ataque a Odessa como “barbárie” flagrante que, segundo ele, demonstrou que Moscou não é confiável para implementar o acordo de sexta-feira.

Após o bombardeio, a Ucrânia acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de “cuspir na cara” da ONU e da Turquia, e colocar em risco o acordo assinado na sexta-feira em Istambul, sob a mediação da organização internacional e daquele país, para a retomada do exportações de grãos bloqueadas pelo conflito.

Segundo autoridades ucranianas, dois mísseis caíram na zona portuária de Odessa e outros dois foram abatidos pela defesa antiaérea antes de atingirem o seu alvo.

O ataque também foi condenado duramente pelo governo dos EUA, que já havia culpado a Rússia pelo bombardeio. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que o ato gera “sérias dúvidas sobre a credibilidade do compromisso da Rússia com o acordo sobre exportações de grãos firmado com Kiev.

“O bombardeio mina os esforços da ONU, Turquia e Ucrânia para levar alimentos essenciais aos mercados mundiais”, disse, frisando que a Rússia é responsável pelo agravamento da crise alimentar global e que Moscou aprovou o acordo e “agora tem o dever de implementá-lo integralmente”.

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