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quarta-feira 16 de fevereiro de 2022 às 05:40h

Rui, Leão, Wagner e Otto: grupo unido busca efetivar pré-candidato ao governo da Bahia

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Em uma articulação para trazer o PSD para o palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda no primeiro turno da eleição presidencial, o PT avalia abrir mão da candidatura própria na Bahia, maior estado governado pelo partido.

No novo arranjo, o senador Jaques Wagner (PT) abriria mão de sua candidatura para apoiar o também senador Otto Alencar (PSD) para o governo do estado, tendo o governador Rui Costa (PT) como candidato ao Senado. Em meio de mandato, Wagner ainda tem mais quatro anos no Senado.

O assunto esteve na mesa de uma reunião em São Paulo nesta terça-feira (15). Participaram Lula, Jaques Wagner, Rui Costa, Otto Alencar, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além do vice-governador da Bahia, João Leão (PP), que assumiria o governo em caso de renúncia de Rui Costa em abril para disputar as eleições.

Ao sair do encontro, o senador Jaques Wagner confirmou em uma rede social que discutiu com Lula o cenário eleitoral na Bahia, mas destacou que o quadro permanece o mesmo, com sua candidatura ao governo do estado e a de Otto Alencar ao Senado.

“Nosso objetivo é fortalecer a unidade do grupo para ganharmos mais uma vez na Bahia e com Lula. O quadro continua o mesmo, com minha pré-candidatura ao governo e o desejo de Otto e Leão de disputarem o Senado. Política é assim: se conversa muito até se chegar a um consenso”, afirmou.​

Leão afirma que continua como pré-candidato ao governo da Bahia. Conforme apurou o #Acesse Política, o PP no estado possui maior bancada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), quatro deputados federais, cerca de 115 prefeituras entre as 417, além do apoio dos maiores empresários do estado.

Em privado, dirigentes e líderes do PT afirmam que a reunião teve como objetivo, mas como Lula embargou o nome de Wagner, o senador tenta agora sinalizar o nome de Otto Alencar como uma opção real da base aliada para a disputa do governo do estado.

A possibilidade de abrir mão da candidatura própria na Bahia, estado governado pelo PT há 16 anos, serviria como um aceno para atrair o PSD de Gilberto Kassab –partido que está na mira de Lula.

O PT também discute um possível apoio a candidatos do PSD em outros estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Sergipe.

Com origem política no carlismo, grupo político liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), Otto Alencar é aliado ao PT desde 2010, quando foi eleito vice-governador de Jaques Wagner. Em 2014, foi eleito para o Senado com o apoio de Lula.

O passado político do senador, contudo, não é considerado um problema. Petistas destacam que Otto Alencar é conhecido pelo perfil de cumpridor de acordos e ficou ao lado do partido nos momentos mais difíceis, tendo votado contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.

A atuação firme de Otto Alencar na CPI da Covid, onde foi um forte crítico à atuação do governo Jair Bolsonaro (PL) na pandemia, também contou pontos a favor do senador.

Petistas destacam ainda que a candidatura de Rui Costa ao Senado também atenderia aos anseios de Lula de formar uma bancada forte no Congresso Nacional a partir de 2023. O petista é encarado como favorito para a única vaga em disputa na Bahia este ano.

O nome de João Leão ou  Otto Alencar para governo do estado também desataria o nó na articulação do grupo governistas para atender os três principais partidos da base aliada: PP, PSD e PT.

Já reeleito para o cargo, o vice-governador João Leão não poderia concorrer a um novo mandato para o cargo. Mas aliados dizem que ele se sentiria contemplado assumindo um mandato de nove meses como governador.

No campo da oposição, são pré-candidatos ao governo da Bahia o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e o ministro da Cidadania João Roma (Republicanos).

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