Nova linha de produção teve investimento de R$ 135 milhões e é a primeira do Nordeste
O grupo Heineken Brasil inaugurou nesta sexta-feira (30) uma nova operação para produção da cerveja Heineken no município de Alagoinhas.
O grupo atualmente já produz na cidade baiana cervejas como Bavaria, Devassa, Glacial, Kaiser, Schin, No Grau e Eisenbahn. A partir desta sexta, com investimento de R$ 135 milhões, foi inaugurada a linha de produção da Heineken. A unidade também produz Skinka, Itubaína (Original e Retrô), Refrigerantes Viva Schin, Schin Tônica e água Viva Schin.
O grupo, que está presente na cidade há 21 anos, emprega atualmente 636 pessoas diretamente e outras 300 indiretamente. Dos empregos diretos, 95% são de Alagoinhas. Dos indiretos, 100% são de Alagoinhas.
O diretor da Cervejaria Alagoinhas, Marcelo Araujo, explica que a unidade em Alagoinhas é a segunda maior cervejaria do grupo no Brasil. “Foram investidos cerca de R$ 135 milhões para a inauguração da linha de Heineken. A obra incluiu a montagem de 4 tanques horizontais, chamados de HORAPs e usados exclusivamente para o processo de fermentação de Heineken; ampliação da linha de vidro – a maior do grupo no Brasil em flexibilidade de produção para diferentes tipos de embalagens; nova embaladora para a linha de latas, permitindo a fabricação de diferentes produtos e embalagens e uma nova e moderna linha de chope”, explica Araujo.
O mercado do Nordeste, segundo Araujo, será o principal beneficiado com a nova linha de produção de Heineken. Contudo, ressalta que ‘não haverá diferenciação do preço’.
A linha de produção baiana será a primeira no Nordeste do grupo que tem outras três em atividade. Ou seja, a partir de hoje serão 4 linhas de produção da cerveja no país. “A água é nossa principal matéria prima, sem dúvida a qualidade da água de Alagoinhas influenciou”, afirmou Araujo sobre a decisão de criar uma linha de produção no estado.
O alto investimento do grupo na Bahia acontece dois anos depois do grupo fechar uma fábrica em Feira de Santana. “Há dois anos a empresa tinha uma outra estratégia de negócio e o encerramento das atividades fez parte desta fase. Alagoinhas veio da aquisição da Brasil Kirin, há pouco mais de um ano”, destaca Araujo.
O diretor da Cervejaria Alagoinhas explica que a nova planta tem preocupações com a sustentabilidade. “Destacamos a implementação da logística reversa reintegrando a cadeia produtiva do fornecedor com o retorno do material reciclável para a produção de matéria-prima, a aplicação do lodo aeróbio como adubo orgânico nas áreas verdes para desenvolvimento de mudas não frutíferas, o lodo terciário e o carvão ativado entre outros resíduos de composição orgânica na produção de composto orgânico. Desta forma reutilizando estes materiais reduzimos o envio dos mesmos para aterros sanitários”.
O grupo Heineken chegou ao Brasil em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA e, em 2017, adquiriu a Brasil Kirin Holding S.A (“Brasil Kirin”). A marca Heineken está presente em 192 países. Produzida e fermentada com ingredientes naturais, a Heineken possui exclusiva levedura A e processo produtivo unificado que, segundo o grupo, tem o mesmo sabor em todo mundo.