Dizem nos meios políticos que há duas maneiras fáceis de se entregar uma disputa majoritária, um primário que só tolos cometem, o já perdeu, e outro a maior das burrices, entrar no ‘já ganhou’.
Os aliados de Rui botaram o nome de ‘Correria’, graças ao pique para cumprir agenda intensa e por vezes tensa. Tirante o cheiro de puxassaquismo, Rui corria atrás de mostrar-se um governador digno de credibilidade diante do povo e de aliados. Por tabela, jogar ACM para escanteio. Lógico que mirava as urnas, mas ganhou por W x O.
Rui constrói um discurso na linha de evitar que o ‘já ganhou’, a suprema burrice, vire epidemia entre aliados.
Ele recebeu prefeitos e distribuiu obras, evoca cinco mil quilômetros de estradas construídas ou recuperadas, quatro policlínicas já em funcionamento, outras quatro a serem inauguradas até junho e mais quatro em construção, além de licitar até junho o tramo 3 do metrô, que vai até Águas Claras num esforço para manter a base fortalecida e com discurso que embale a continuidade como um bem.
Antes, com Neto em cena, ao ser indagado sobre o cenário, ele se dizia otimista. Agora, diz que mantém o mesmo otimismo e ritmo.
Segue também outro mandamento básico da política: adversário até se xinga, mas nunca se subestima.
Por Levi Vasconcelos