Em viagem particular para o exterior, onde vai ficar nos próximos 18 dias, Ângelo Coronel passou a presidência da Assembleia ontem para o vice, Luiz Augusto (PP), não reeleito, que diz só ter uma coisa a fazer:
– Dar continuidade a burocracia e só; 18 dias?!
Coronel diz que vai entregar a Assembleia financeiramente arejada. E que o fechamento do restaurante, pelos próximos três meses, a partir de hoje, é uma necessidade de renovação de contrato. Mas na Casa há controvérsias.
Restaurante
Marcelo Nilo (PSB), presidente da Casa nos últimos dez anos (agora deputado federal eleito), a quem Coronel derrubou da presidência (que nunca digeriu a derrota, ressalte-se), entra na brecha e bate forte.
– Coronel não ficava dizendo que eu era gastador? No ano passado ele não fez um grande alarido devolvendo ao governo R$ 555 mil, o 555 (número com o qual disputaria o Senado)? Ele tem que abrir a caixa-preta da Assembleia. Mostrar o tamanho do déficit, que não é pequeno.
Marcelo diz que a justificativa para fechar o restaurante sob o argumento de que tem que fazer nova licitação é frágil, não se sustenta. Porque o contrato é até 31 de dezembro e nada impede que o processo licitatório seja aberto com o restaurante funcionando.
– Os cortes espocam em todos os cantos da Alba. O mínimo que Coronel tem que fazer é abrir o jogo.
Por Levi Vasconcelos