Depois de conseguir derrubar Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, a dupla Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) se ocupa agora segundo Andreza Matais, do portal Uol, em enfraquecer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Como antecipou a coluna, o Haddad soube pela imprensa da demissão de Prates, embora tenha se encontrado duas vezes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia da exoneração. Segundo a apuração, interlocutores com trânsito no Planalto disseram que o fato causou em Costa e Silveira tanto “regozijo” quanto a demissão de Prates.
Haddad teria virado alvo por ser uma ameaça aos planos de Rui Costa e Alexandre Silveira para a Petrobras, mas também pela lógica eleitoral que pauta quase todo o primeiro escalão do governo Lula.
Uma das informações que circularam em Brasília, segundo a coluna, é que Prates teria oferecido apoio a Haddad nas eleições de 2026. O ministro é o nome mais forte no PT para disputar a presidência da República em 2026, caso Lula não concorra – o que é improvável – ou o governo de São Paulo.
Ainda segundo a coluna do Uol , todos os envolvidos têm objetivos eleitorais. Rui Costa estaria trabalhando para voltar ao governo da Bahia – o portal não informou quando, uma vez que se espera que o governasdor Jerônimo Rodrigues dispute a reeleição em 2026; Silveira para se eleger gestor de Minas Gerais; e Jean Paul Prates praticamente transferiu a sede da Petrobras para o Rio Grande do Norte, onde quer disputar o governo em 2026. Além disso, o PSD, partido do ministro de Minas e Energia, trabalha para emplacar o vice de Lula.
Magda Chambriand, que aguarda os trâmites formais para assumir o comando da Petrobras, está alinhada aos ministros ‘conspiradores’ e já teria entendido a lógica eleitoral do primeiro escalão no governo petista. Na semana passada, ela esteve em Brasília em conversas reservadas com o Alexandre Silveira. Mais uma vez, Haddad teria acompanhado tudo somente pela imprensa.