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terça-feira 26 de abril de 2022 às 16:52h

Rui Costa sobre operação da PF: Quem for culpado que ‘vá para o xilindró’

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Após a Polícia Federal deflagrar nesta terça-feira (26) uma operação para investigar supostos desvios na compra de ventiladores pulmonares pelo Consórcio Nordeste durante pico da covid-19, o governador da Bahia Rui Costa (PT) disse desejar que os culpados sejam presos.

“Quase dois anos e a gente acompanha investigação atrás de investigação, porque quer a conclusão disso, quer que quem é culpado vá para o xilindró pelo mal feito e que o povo possa ter o dinheiro de volta. Só tenho a lamentar a demora”, falou em conversa com jornalistas.

Costa é um dos investigados pela operação, mas não foi alvo dos mandados de busca e apreensão cumpridos hoje nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia e no Distrito Federal. Todos eles foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e contaram com a participação de auditores da CGU (Controladoria Geral da União).

O governador afirmou que não há “ninguém mais ansioso do que eu para que esse processo avance e se conclua” e comparou as investigações brasileiras com as dos Estados Unidos.

“Tivemos dois processos de compras frustrados. Um de uma empresa americana e outro de um grupo no Brasil. A do processo na Justiça americana, o estado já teve o dinheiro de volta. Na Justiça brasileira se arrasta há quase dois anos”, reforçou.

300 ventiladores de compra suspeita

De acordo com a PF, o processo de aquisição de 300 equipamentos se seguiu contou com diversas irregularidades, como o pagamento antecipado de seu valor integral, sem que houvesse no contrato qualquer garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada. Ao fim do processo, a PF diz que nenhum respirador foi entregue.

Ainda segundo a corporação, os investigados podem responder pelos crimes de estelionato em detrimento de entidade pública, dispensa de licitação sem observância das formalidades legais e lavagem de dinheiro.

Procurado pelo portal UOL, o Consórcio Nordeste disse que as compras dos respiradores foram um “processo administrativo que observou todos os requisitos legais” e chamou de “fraude” a atuação de empresários no negócio para a compra dos respiradores.

“O Consórcio foi vítima de uma fraude por parte de empresários que receberam o pagamento e não entregaram os aparelhos, fato que foi imediatamente denunciado pelo próprio Consórcio Nordeste às autoridades policiais e ao judiciário, através de ação judicial que resultou na prisão desses empresários e no bloqueio de seus bens”, afirmou o órgão.

A entidade disse ainda que “segue aguardando a apuração desse crime, o julgamento e punição dos responsáveis e a devolução do dinheiro aos cofres dos respectivos estados”.

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