Com uma agenda de viagens previstas para os próximos meses, quando participará do lançamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, não quer correr riscos, informa Jeniffer Gularte , em reportagem no jornal O Globo. Segundo a publicação. Rui pediu ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que forneça agentes para fazer sua segurança durante os deslocamentos e os eventos.
O pedido é inédito na Esplanada dos Ministérios. Outros ministros que solicitaram segurança optaram pela escolta da Polícia Federal. É o caso dos ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), irmã da vereadora Marielle Franco, morta em 2017 no Rio, e Flávio Dino (Justiça), responsável pela política de segurança pública do país.
O governo finaliza um decreto que normatiza na PF o cuidado com a segurança de autoridades do governo, quando esse texto for publicado, novos ministros deverão ser contemplados com segurança pessoal da PF, como Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Viera (Relações Exteriores). O texto vem sendo avaliado pelos Ministérios de Gestão e da Casa Civil.
Questionada por Jeniffer Gularte, do O Globo, sobre o motivo de Rui precisar de segurança, a Casa Civil afirmou apenas que a solicitação se deu função dos deslocamentos que o ministro fará em todas as unidades da federação.
O decreto que estabelece as funções do GSI prevê que cabe ao órgão fazer a segurança do presidente, vice-presidente e seus familiares, mas há brecha para que outros ministros titulares do Palácio do Planalto também tenham sua segurança pessoal feita pelo órgão quando determinado pelo presidente. Rui Costa é um dos principais auxiliares de Lula no Planalto.
Agentes do GSI já estavam com Costa no lançamento do plano de investimento em São Paulo, há duas semanas. E também viajarão com ele para os todos os Estados. O PAC deve ter lançamentos específicos em Alagoas, Sergipe, Piauí, Ceará, Minas, Rio Grande do Norte e Paraná. Por determinação do presidente Lula, Costa fará uma turnê nos Estados para focar no detalhamento das obras e do cronograma para cada região. Em algumas delas, Lula estará presente.
Auxiliares palacianos viram no movimento de Costa um gesto de apoio ao GSI e aos militares. Até 30 de junho, o GSI travou um cabo de guerra com a PF pelo comando da segurança presidencial. Lula, no entanto, optou por deixou com o GSI o comando da sua segurança, enquanto a PF passou a cuidar da proteção da primeira-dama Janja da Silva. Dentro do núcleo central do governo, Costa foi um dos nomes que defendeu a manutenção do GSI no comando da proteção presidencial, com posição diferente de Janja, que preferia ter a PF no comando da tarefa.