O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), informou em entrevista a Andréia Sadi, do g1, que o governo Lula (PT) está planejando estabelecer uma política colaborativa entre as Forças Armadas e a Polícia Federal visando a erradicação da presença de fuzis e outras armas de grande calibre no território brasileiro. Essa declaração ocorreu segundo o Brasil 247, bem em meio a um contexto de aumento da violência na Bahia, estado que foi governado por Costa de 2015 a 2022. Em agosto, essa situação levou o governo federal a firmar um acordo com o governo estadual para combater o crime organizado.
Apenas até setembro de 2023, as forças de segurança conseguiram apreender 48 fuzis no estado, mais do que o dobro do número registrado durante todo o ano de 2022, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Até o dia 23 de setembro, ocorreram pelo menos 46 óbitos em confrontos com as forças de segurança, incluindo o policial federal Lucas Caribé. A maioria desses confrontos aconteceu em bairros periféricos da Bahia.
“Eu conversei com [Flávio] Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e queremos uma política conjunta da PF e das Forças Armadas para conter fuzis no Brasil e de armas pesadas também. É preciso padronizar os números de crimes para comparação, é isso que defendo, mas claro que os números são uma tragédia em todo Brasil. E piorou muito no governo Bolsonaro, quando teve o liberou geral de armas pesadas, como fuzis”, declarou Costa.
No domingo (24), Dino reconheceu que a situação na Bahia é desafiadora. No entanto, ele descartou a possibilidade de uma intervenção federal na segurança do estado, similar àquela ocorrida no Rio de Janeiro em 2018. “Não se cogita por uma razão: o governo do estado está agindo. A intervenção federal só é possível quando de modo claro, inequívoco, o aparato estadual não está fazendo nada”, disse.