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sexta-feira 27 de dezembro de 2019 às 06:40h

Rui confirma fechamento Colégio Estadual Odorico Tavares

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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), confirmou nesta última quinta-feira (26) que o Colégio Estadual Odorico Tavares será fechado, e que a área ocupada pelo prédio será leiloada. A instituição de ensino fica no Corredor da Vitória, bairro de luxo localizado no centro de Salvador e uma das áreas mais caras da cidade.

As informações foram divulgadas durante uma entrevista do governador à TV Record Bahia, que foi transmitida pela assessoria dele nas redes sociais.

Durante conversa com um apresentador da emissora, Rui Costa ainda informou que a intenção é manter os alunos da instituição nas proximidades de casa, para, segundo ele, evitar gastos com passagem de ônibus e metrô.

Segundo o governador, ficará com o terreno no Corredor da Vitória a empresa que financiar a construção de mais escolas em áreas periféricas de Salvador. Na entrevista, no entanto, Rui não detalhou quando o Colégio Odorico Tavares será fechado e nem quando o leilão será aberto.

“Hoje temos 30 mil alunos em Salvador, estudando em prédios alugados, sem a mínima condição de uma educação eficiente. E o que nós temos no Odorico não chega a 300 alunos matriculados. Duzentos e poucos. Quase a totalidade deles morando na periferia. O pai e a mãe gastando passagem de ônibus ou de metrô. E 30 mil [alunos] sem escola suficiente. Então, o que nós estamos fazendo? Construindo novas escolas”, disse.

“Inclusive, nós vamos fazer um leilão com aquela área. Nós não vamos querer receber em dinheiro. Eu quero trocar em escolas construídas na periferia. Quem entregar mais escolas para o povo da Bahia. escolas com 35 salas, com laboratório, refeitório, biblioteca, quadra coberta, campo de grama sintética. Escola de primeiro mundo. E só receberão a escritura quando a escola estiver pronta e entregue para os alunos. Então, eu estou trocando uma escola em 6, 7, 8 ou 9 escolas aqui em Salvador. É isso que nós estamos fazendo para atender 30 mil alunos”, completou.

“É simplesmente racionalidade, e buscando levar escola onde a família mora, para evitar que pessoas pobres tenham que gastar ainda o dinheiro para pegar ônibus, pegar metrô, para poder ir com seu filho para a escola”, contou ainda o governador.

O tema é polêmico entre os estudantes da instituição de ensino que fizeram ao menos três manifestações neste mês, quando foi anunciada a possibilidade de encerramento das atividades da escola.

Conforme publicou o jornal Tribuna da Bahia, o primeiro protesto ocorreu no dia 4 de dezembro, o segundo no dia seguinte e o último no dia 6. As manifestações contaram, inclusive, com ex-alunos. Os manifestantes pedem que a instituição continue funcionando.

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