A ministra Rosa Weber arquivou nesta última sexta-feira (3) um inquérito que tramitava no Supremo Tribunal Federal no qual era investigado o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
A Polícia Federal informou ao STF ter reunido indícios de que Nogueira teria cometido supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao supostamente ter recebido propina do empresário Joesley Batista, quando exercia o mandato de senador. Para a PF, a suposta propina seria pagamento pela compra do apoio do PP, partido de Nogueira, para a reeleição e sustentação política do governo da ex-presidente Dilma Roussef. O ministro sempre negou as acusações, argumentando que a PF se baseou somente em delações sem provas.
Defesa de Nogueira
Leia abaixo a íntegra de nota divulgada pela defesa de Ciro Nogueira após a decisão da ministra Rosa Weber de arquivar o inquérito.
A defesa do Ministro Ciro Nogueira sempre acreditou que o inquérito n. 4.736 do Supremo Tribunal Federal, o qual foi instaurado a partir da colaboração da JBS, seria arquivado, pois absolutamente nenhuma irregularidade ocorreu nos fatos apurados.
A jurisprudência da Suprema Corte se consolidou no sentido de que a palavra do delator só serve para iniciar uma investigação e, no curso dessa apuração, ficou evidente que a narrativa dos delatores não possuía qualquer respaldo de elementos autônomos e externos à colaboração.
Este é mais um dos inquéritos abertos no auge da Operação Lava Jato, nos quais os atores responsáveis, hoje já desmoralizados, instrumentalizaram o Poder Judiciário, com um projeto de poder e com graves prejuízos políticos e pessoais para a classe política.
A Ministra Rosa Weber acatou a manifestação da Subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo e fez justiça ao determinar o arquivamento do processo.
Antônio Carlos de Almeida Castro – Kakay
Roberta Castro
Marcelo Turbay
Liliane de Carvalho
Álvaro Chaves
Ananda França