O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse, em entrevista ao Ponto de Vista, da Veja, nesta quinta-feira (18) que ‘não cabe’ a ele ‘prejulgar’ o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de diversas ações judiciais. Caiado voltou a afirmar que é um dos pré-candidatos da direita para a eleição presidencial de 2026 e que ‘apoios são bem-vindos’, ao ser questionado sobre um possível endosso do ex-mandatário.
“Cabe a ele [Bolsonaro] explicar tudo isso que está sendo colocado [pela Polícia Federal] e o resultado vai ser a decisão final. Agora, fazer previsão ou prejulgar não cabe a mim. Não tem motivo de prejulgar. A polícia levantou os dados? A Justiça julgou? Foi condenado ou absolvido? Acho que o prejulgamento retira das pessoas amanhã a possibilidade de poder, ao provar a sua inocência, não ter sido agredido na sua trajetória e na sua honra. Acho muito nocivo”, disse o governador.
Caiado também falou sobre o pedido que fez ao governo federal para incluir o regime de recuperação fiscal no novo projeto de lei para renegociação da dívida dos estados. Para Caiado, o programa de renegociação precisa permitir a entrada de unidades da Federação que já estão no RRF (Regime de Recuperação Fiscal), outro projeto com objetivo de auxiliar estados com elevado nível de desequilíbrio nas contas e alcançar estabilidade financeira.
“Da maneira como está [a proposta], você paga as parcelas e essa dívida aumenta cada vez mais”, salientou o político. Sobre o pedido ao ministro Fernando Haddad, ele ressaltou que foi “muito bem recebido”.