Em entrevista publicada nesta última quinta-feira (25) no jornal Estadão de S. Paulo. o líder do PP na Câmara dos Deputados, Cacá Leão disse que o deputado federal licenciado João Roma (Republicanos) demonstrou força política ao ser empossado anteontem como novo ministro da Cidadania, em Brasília. O evento reuniu cerca de 400 pessoas no Salão Nobre – só na entrada principal, as listas de presença registraram o acesso de mais de 300 convidados,
“João Roma demonstrou força política dentro do seu estado, diversos prefeitos, vereadores, amigos do estado da Bahia vieram prestigiar o ministro”, avaliou Cacá Leão. O parlamentar ainda falou sobre o rompimento entre Roma e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que era contra o aliado assumir a pasta no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Torço para que o tempo cure todas as mágoas que estão acontecendo, e que os dois voltem a ter uma relação fraternal, de irmãos”, pontuou.
Cacá ressaltou que coube “exclusivamente” ao Republicanos a indicação de Roma ao ministério. “Tentaram colocar nas costas do ex-prefeito ACM Neto, que é presidente nacional do DEM, a indicação para ministro da Cidadania do deputado João Roma. Apesar de ter uma relação política, pessoal e afetiva muito forte com o prefeito ACM Neto, a indicação coube exclusivamente ao partido Republicanos, que o escolheu por unanimidade dos seus pares. Por um motivo muito simples, não é porque o deputado João Roma é o único deputado competente do Republicanos ou outra coisa colocada, apesar de ser um dos melhores deputados que essa Casa tem. Eu sou testemunha. Mas ele foi escolhido também porque a suplente da sua coligação era do Republicanos, a deputada Tia Eron, para que o Republicanos não perdesse uma cadeira aqui na Câmara dos Deputados”, disse.
Sobre a eleição de 2022, Cacá disse que o PP pode continuar marchando com o grupo do PT na Bahia, apesar de o presidente nacional da sigla, Ciro Nogueira, já ter avisado que o partido irá apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro. “O que acontece hoje é que tenho uma relação política, fraternal com o governador Rui Costa, com o ex-governador e atual senador Jaques Wagner (…) Nada impede que uma decisão da cúpula nacional do meu partido tome um caminho diferente desse processo, e a gente decida manter a nossa aliança no estado da Bahia”, pontuou.