O pré-candidato a governador, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), manifestou confiança para a aprovação da PEC que amplia benefícios à população mais carente do Brasil, vítima das consequências sociais e econômicas geradas pela pandemia e agravadas recentemente com a guerra da Ucrânia. A proposta que já foi aprovada pelo Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados, dentre outros pontos, acresce R$ 200 ao valor do Auxílio Brasil, que passa de R$ 400 para R$ 600, aumenta o vale-gás para R$ 120 e cria o benefício de R$ 1 mil para caminhoneiros.
“Estamos muito confiantes na aprovação. Acho muito improvável que um deputado, em um momento como esse que toda população está enfrentando, se levante contra a possibilidade de levar benefício para a população”, disse o ex-ministro da Cidadania, João Roma, que idealizou o Auxílio Brasil que atualmente garante renda mínima de R$ 400 para os brasileiros mais pobres – na Bahia, 2,3 milhões de pessoas recebem o benefício . “Essa medida foi muito estudada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro”, apontou Roma, nesta quinta-feira (7), em entrevista à Rádio Alvorada FM, de Guanambi.
“A pandemia está passando, mas os efeitos econômicos e sociais dela para a sociedade permanecem. E agora há guerra na Ucrânia que está desencadeando o processo inflacionário no mundo inteiro, até em países ricos como Estados Unidos, França, Inglaterra e Alemanha. Aqui nós estamos buscando criar medidas que possam atenuar essas consequências no Brasil”, explicou João Roma. O pré-candidato a governador apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro diz que a medida não pode ser considerada eleitoreira, como vem sendo apontado por adversários da atual gestão federal.
Roma salientou que toda a população e setores distintos da economia estão passando por dificuldades e que o governo e o Congresso Nacional não podem cruzar os braços devido ao processo eleitoral que se avizinha. “A aprovação dessa PEC não será medida eleitoreira, pois tem aprovação de parlamentares de esquerda e de direita”, salientou João Roma.
Em outra entrevista realizada na quarta-feira (6), Roma falou sobre a situação do Planserv e disse que o plano de saúde se tornou uma “armadilha” para os servidores públicos do estado da Bahia devido à desestruturação e às restrições impostas para que os beneficiários do plano de saúde tenho acesso a procedimentos. “O Planserv é mais um caso que gera indignação no povo baiano, pois recebe recursos como se fosse uma entidade pública, mas tem o serviço pior do que se fosse privado”, constatou Roma, na citada entrevista à Rádio Nova Arraial FM, de Porto Seguro.
Roma comentou as dificuldades para que os servidores consigam a cobertura do plano para a realização de consultas, exames e cirurgias. “Cheio de restrições – não pode isso, não pode aquilo – o plano está cada vez mais desestruturado e se tornou uma grande armadilha para o servidor que hoje se observa tolhido de realizar procedimentos que já estavam alcançados”, disse Roma, que apontou a decepção de muitos usuários do serviço que, após anos de investimentos, têm nível de atendimento precário.
Roma lembrou que a gestão do PT, embora diga ser contrária à privatização, contratou empresas, ainda em 2018, para terceirizar os serviços de atendimento do plano aos funcionários públicos baianos. “O governo do PT diz que é contra a privatização e contra empresa privada, mas na hora de cortar despesas e diminuir o serviço para o servidor rapidamente sabe contratar uma empresa que ninguém sabe quem é para prestar um serviço que não chega com qualidade”, comentou Roma.