Vencida a etapa das eleições para a presidência e Mesa Diretora, senadores já articulam conforme reportagem do portal Metrópoles pelo comando das principais comissões da Casa Alta.
Com a recondução de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao cargo de presidente, os parlamentares enxergam que o colegiado mais importante, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deve ficar com o aliado Davi Alcolumbre (União-AC).
O nome, no entanto não agrada os senadores. Alcolumbre foi presidente do Senado nos anos de 2019 e 2020. Em 2021, foi eleito presidente da CCJ.
A comissão é considerada a mais relevante da Casa Alta. É responsável pelo julgamento da constitucionalidade dos projetos e análise das Propostas de Emendas à Constituição. Além de deliberar sobre criação de Estado, estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal, entre outras atribuições.
Na CCJ, por exemplo, são realizadas as análises de indicações do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Davi Acolummbre é conhecido pelas articulações políticas, e se tornou um dos principais nomes do União Brasil após a fusão entre PSL e DEM.
Durante as eleições à presidência da Casa, Acolumbre costurou apoios para eleger Pacheco vislumbrando ser reconduzido à direção do colegiado.
Parlamentares afirmam que a influência do senador tem gerado “ciúme” ao PT e também ao União Brasil e relataram que, nos últimos dias, Alcolumbre fez acordos pela espaço na Mesa Diretora e favorecendo os mais próximos. Por isto, senadores avaliam que a governabilidade de Pacheco, caso apoie Davi Acolumbre, pode ser afetada.
Para além da recondução à CCJ, a reeleição faz parte da estratégia de Alcolumbre para manter seu poder de articulação com vistas a tentar se eleger presidente da Casa novamente na disputa de 2025.