O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (29) durante evento em Londres segundo Angela Boldrini, da Folha de São Paulo, que permanecerá no Senado após o fim de seu mandato no comando da Casa, em fevereiro de 2025.
Questionado sobre a possibilidade de assumir um ministério do governo Lula no ano que vem, Pacheco desconversou. “Minha intenção é permanecer no Senado pelos próximos dois anos.”
O senador participou de mesa na Lide Brazil Conference, evento promovido em Londres pelo grupo empresarial fundado pelo ex-governador de São Paulo João Doria. A conferência é feita em parceria com a Folha e com o UOL.
O presidente do Senado disse que deve se dedicar a projetos de sua autoria, como o PL que regulamenta a inteligência artificial no Brasil.
Pacheco também manifestou interesse em relatar uma atualização do Código Penal brasileiro. “Esse é um debate que teremos que fazer”, afirmou.
O senador não fez menções a candidaturas para sua sucessão e se limitou a dizer que considera que sua gestão teve balanço positivo, citando a atuação do Senado durante a pandemia.
Sem citar os ataques golpistas de 8 de janeiro, Pacheco também exaltou o que vê como o papel do Senado “na defesa da democracia”.
Nesta semana, com o fim das eleições municipais, o Congresso volta a ter agenda intensa nos últimos meses de mandato de Pacheco e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
Embora as negociações para a sucessão devam ocupar grande parte das atenções em Brasília, as Casas recebem pressão para regulação da reforma tributária e resolução de impasses relacionados a emendas parlamentares.
Além disso, a Câmara deve decidir sobre o projeto que propõe anistiar os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.