O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), solicitou ao STF a lista de congressistas que tenham sido alvo de monitoramento ilegal da Abin no governo Bolsonaro.
“Caso comprovado o monitoramento ilegal de Deputados Federais e Senadores da República, as ações constituem também afronta às prerrogativas parlamentares, especialmente quanto à garantia de livre exercício do mandato e do sigilo de suas fontes”, afirmou Pacheco no pedido, datado desta quarta-feira, 31 de janeiro.
“Dirijo-me a Vossa Excelência para, na qualidade de Presidente do Congresso Nacional, solicitar informações sobre a existência de indícios de monitoramento ilegal de Deputados Federais e Senadores da República, com a devida identificação dos mesmos, e, não havendo prejuízo para a continuidade das investigações, que tramitam sob sigilo, obter informações relacionadas ao procedimento adotado pelos investigados e a extensão e o conteúdo de informações relacionadas aos parlamentares, a fim de que sejam adotadas as medidas institucionais pertinentes ao Congresso Nacional”, acrescentou.
Abin compartilhou monitoramento ilegal com PF?
O recém-exonerado diretor adjunto da Abin, Alessandro Moretti, afirmou ter compartilhado todo o material produzido pela Abin paralela na gestão Bolsonaro à Polícia Federal (PF).
“Todo o material probatório coletado e produzido pela Abin foi compartilhado com a Polícia Federal, que também teve atendidas todas suas solicitações à agência”, disse Moretti em nota pública divulgada nesta quarta-feira, 31 de janeiro.
“Por esta razão, grande parte do material que instrui o inquérito da PF é fruto da apuração conduzida com total independência na Abin”, acrescentou.