Reunidos desde o final da manhã desta terça-feira (5) na residência oficial do Senado, líderes partidários tentam adiar ao máximo a instalação das CPIs do MEC, das Obras Inacabadas da Educação e a do Crime Organizado e do Narcotráfico sob alegação, segundo Lauro Jardim, no O Globo, de que as comissões podem se transformar em “palanques eleitorais” tanto da oposição quanto da ala governista. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem dito a interlocutores que sua decisão se pautará pela reunião com os líderes, também apontou preocupação com o período eleitoral, mas decidiu pela leitura das três comissões investigativas ainda esta semana: duas da oposição e uma da base aliada do governo. A instalação deve ficar para outubro.
Assim que realizada a leitura, Pacheco perde o “controle” sobre a instalação das CPIs. Caberá aos líderes indicarem os membros das três comissões e definirem a data de instalação do processo investigatório no Senado. Durante a reunião, houve um forte apelo da ala governista para que as instalações das investigações ocorram somente em outubro.
Na justificativa ao adiamento, senadores alegaram que instalação da CPI pode ocorrer em um momento “mais oportuno” já que as investigações no MEC continuam sendo feitas pela Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário. Porém, Pacheco decidiu pela leitura no plenário. Não há sessão agendada para esta terça-feira, mas pode ser convocada.