As comissões permanentes do Senado, quase todas paralisadas desde março de 2020 por causa da pandemia, poderão voltar às suas atividades neste ano utilizando o modelo semipresencial. Na tarde desta terça-feira (2), o novo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que vai se reunir ainda nesta semana com o setor técnico do Senado para discutir o formato desse retorno.
— No momento em que nós temos um ápice da segunda onda da pandemia, nós devemos nos preocupar também com a preservação dos aspectos sanitários e da vida dos senadores e dos funcionários do Senado. Mas, obviamente, já se demonstrou ser possível compatibilizar essa preocupação sanitária com o interesse de fazer funcionar a Casa — justificou ele.
A ideia é que as reuniões possibilitem a participação remota, mas também permitam a presença dos senadores que preferem discutir os assuntos presencialmente, desde que sejam seguidas todas as regras de segurança sanitária. Pacheco disse que pretende fazer uma espécie de revezamento entre as salas das comissões para que todas possam se reunir.
— Nós vamos fazer uma escala para que todas as comissões possam usar o sistema remoto e voltem a funcionar — destacou.
Essas declarações de Pacheco foram dadas após questionamento do senador Esperidião Amin (PP-SC), que considerou a paralisação das reuniões como um “risco extraordinário, exagerado e abusivo” para a discussão de pautas no Senado.
— Eu me valho deste momento para fazer um apelo em nome do melhor funcionamento do Senado Federal: para que seja equacionado uma melhor forma de termos, pelo menos, a reunião semanal da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado; provavelmente uma reunião quinzenal, por exemplo, para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado; e, no mínimo, uma reunião mensal ordinária das demais comissões permanentes — sugeriu Esperidião Amin.