A proposta de extinção da Justiça do Trabalho (JT) é considerada uma espécie de resgate da promessa do presidente na Câmara, Rodrigo Maia. Ele jamais escondeu sua ideia. “A Justiça do Trabalho não deveria nem existir”, chegou a afirmar em maio de 2017 conforme lembrou o colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. A ideia é, com a extinção, incorporar seus magistrados à Justiça Federal, o que pode acabar o antigo problema de insuficiência de pessoal. Hoje, a Justiça do Trabalho tem o dobro de magistrados da Justiça Federal.
A queda vertiginosa de ações e o triunfo do contrato, após a reforma trabalhista, fazem prever que logo não haverá o que fazer na justiça do Trabalho.
A Justiça do Trabalho tem o dobro de juízes da Justiça Federal e cinco vezes mais tribunais de segundo grau. Todos cada vez menos úteis.
Antes da reforma, em 2017, juiz do Trabalho de primeiro grau julgou em média 3.240 processos, 41,6% menos que os 7.783 processos de juiz federal.
A Justiça do Trabalho custará aos pagadores de impostos, este ano, R$18,2 bilhões. Desse total, 90,3% vão para o bolso dos funcionários.