O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na manhã deste sábado (9) para conversar sobre a tramitação da proposta de reforma da Previdência.
Maia esteve no Palácio da Alvorada por cerca de uma hora e saiu sem falar com a imprensa.
Nesta sexta (8), o presidente da Câmara afirmou que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deverá ser instalada na próxima quarta-feira (13).
O governo espera com ansiedade o início dos trabalhos da comissão, já que é por ela que passará primeiro a proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência.
Os líderes partidários devem começar a indicar os nomes para o colegiado na segunda-feira (11). O grupo da articulação política do Planalto diz que espera contar com a ajuda de Maia para convencê-los a indicar deputados que “tenham carinho” pela reforma.
O governo calcula ainda não ter o número de votos necessários para aprovar a proposta.
Também na sexta, Bolsonaro afirmou acreditar que o governo conseguirá aprovar a reforma no primeiro semestre deste ano.
“Acredito que sim. Não pode levar um ano para aprovar uma reforma. Nós aqui vamos fazer de tudo para que ela não seja desidratada, mas respeitamos a autonomia do Parlamento se alguma mudança for feita”, declarou.
Bolsonaro disse que, apesar de ser uma “medida amarga”, a Previdência é de interesse de todos, e citou os presidentes da Câmara e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
“Sabemos que alguns aspectos são uma medida amarga, mas é uma resposta que temos que dar, de uma política sem muita responsabilidade que foi feita ao longo dos últimos anos, e tem que dar um freio de arrumação agora. Até os militares vão entrar com a sua cota de sacrifício”, disse.