Na sessão da última terça-feira (12) da Câmara dos Deputados houve uma cena emblemática. Em algum momento, com Rodrigo Maia (DEM) ocupando a cadeira da Presidência da Câmara, do lado esquerdo em pé no plenário estava Aguinaldo Ribeiro e do lado direito, também em pé no plenário, via-se Arthur Lira (Progressistas).
Segundo a revista Veja, junto com Marcos Pereira eles são os nomes mais cotados para a sucessão de Rodrigo Maia ao comando da casa.
Aguinaldo Ribeiro conta, a princípio, com a simpatia de Maia, do DEM, do MDB, do PSDB e poderia ter junto com ele a esquerda. Arthur Lira já se comportou ontem no plenário como se fosse um líder informal do Governo Bolsonaro. Ele é mais simpático que Ribeiro, e isso é relevante no contato pessoal entre os deputados, em particular quando se sabe que o voto é secreto. Lira teria o apoio do Centrão e talvez da direita parlamentar mais próxima de Bolsonaro. Ele não é rejeitado pela esquerda, mas pode passar a ser caso se torne governista em demasia.
Marcos Pereira seria o tertius desta disputa.
As cartas estão na mesa. Sempre é possível aparecer um nome novo, mas não é provável. Talvez o mais importante de agora em diante seja o destino da relação entre o Centrão e o Governo Bolsonaro. Caso ela desande, Aguinaldo Ribeiro se tornará o favorito. Porém, se a relação se consolidar, o nome de Arthur Lira se tornará mais forte.