Terminou sem acordo a rodada de negociação entre o sindicato dos Rodoviários da Bahia e o sindicatos dos empresários do transporte público de Salvador. O objetivo era chegar a um acordo para evitar a paralisação geral dos trabalhadores em toda Bahia. Os 20 mil rodoviários do estado – cerca de 13 mil em Salvador – afirmam que caso não haja acordo a categoria paralisará as atividades por tempo indeterminado a partir de quarta-feira (23).
Em entrevista depois da reunião, a superintendente regional do Trabalho e Emprego da Bahia, Gerta Schultz Fahel, que mediou a reunião, afirmou que houve avanços nesta reunião de hoje na manutenção de direitos adquiridos, renovação da carteira e vacinação dos trabalhadores. “São temas importantes, mas não houve avanço das partes com relação aos ganhos econômicos com o reajuste salarial. Amanhã (terça) às 9h terá uma nova reunião na superintendência na tentativa de acordo e evitar uma greve”, afirmou Gerta aos jornalistas ao final da reunião que começou às 11h30.
Presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, afirmou que o indicativo de greve está mantido. “Vamos fazer uma assembleia nesta terça-feira (22) a tarde para deliberar a greve. A greve está mantida se não tiver um acordo. Será greve por tempo indeterminado e geral. Se mantiver essa intransigência dos patrões a greve estará mantida. Não temos outra alternativa”.
Jorge Castro, representante do sindicato das empresas de ônibus, afirmou que não há acordo. “Nâo tenho condição de fazer percentual (de reajuste). Estamos desequilibrados comercialmente. Se eu der um reajuste de qualquer percentual aumentamos o desequilíbrio. Se eu não tenho faturamento eu não tenho como pagar. Se o meu faturamento não é condizente com os custos. Não aceitamos também o pagamento da vacinação pois é uma obrigação do estado. Não aceitamos também o pagamento de parte dos custos para renovação da carteira de habilitação dos trabalhadores”, destacou. Neste domingo (20) os motoristas de ônibus fizeram uma paralisação em Salvador.