Robôs e inteligência artificial impulsionarão nosso desenvolvimento, diz especialista chinês

O conceito de novas forças produtivas chamou a atenção de vários setores, provocando discussões generalizadas. Esse termo não significa apenas avanços na tecnologia, mas também envolve a otimização do uso de recursos, disse um acadêmico chinês.

Embora a China tenha feito avanços significativos e alcançado a liderança global em determinadas áreas, ainda há um potencial considerável de desenvolvimento em outras, disse Chen Dengke, professor associado da Faculdade de Economia da Universidade Fudan, em uma entrevista à Xinhua.

“No âmbito das novas forças produtivas, o rápido progresso da China em tecnologia digital e inteligência artificial está injetando um novo impulso no desenvolvimento de alta qualidade de sua economia”, disse Chen.

A escala atual da economia digital da China está se aproximando de 60 trilhões de yuans (US$ 8,45 trilhões), representando mais de 40% do PIB total, de acordo com Chen. A pesquisa e o desenvolvimento (P&D) básicos funcionam como a força motriz fundamental por trás das tecnologias emergentes e do avanço de novas forças produtivas. No entanto, persiste uma lacuna notável entre a China e os países desenvolvidos nesse aspecto.

Chen disse que, embora os gastos totais em P&D da China tenham ultrapassado 3 trilhões de yuans em 2022, garantindo a segunda posição global, é necessário otimizar a estrutura de gastos. Notavelmente, menos de 7% do total de gastos com P&D foi alocado para pesquisa básica, uma proporção significativamente menor do que a dos Estados Unidos e de alguns países europeus.

“As novas forças produtivas influenciarão significativamente a produção e o estilo de vida das pessoas, apresentando tanto oportunidades quanto desafios”, disse Chen.

Do lado positivo, o desenvolvimento de novas forças produtivas, marcado por tecnologias inovadoras, aumentará a produtividade das empresas e da mão de obra. Isso pode levar a maiores lucros para as empresas e salários mais altos, disse Chen.

Além disso, as novas forças produtivas liberarão mais pessoas do trabalho físico, resultando em um aumento de trabalhadores envolvidos em atividades intelectuais, acrescentou.

A evolução das novas forças produtivas gerará novos modelos de negócios, oferecendo mais oportunidades para empresários e investidores com espírito empreendedor e capital humano substancial. A introdução de novos produtos e serviços melhorará a qualidade de vida e o senso de felicidade das pessoas, disse o acadêmico.

Entretanto, o desenvolvimento de novas forças produtivas terá algum impacto sobre os setores tradicionais, disse Chen, observando que essas empresas do setor tradicional devem se adaptar à direção evolutiva das novas forças produtivas por meio de transformação, atualização e aprimoramento de habilidades.