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quinta-feira 14 de maio de 2020 às 15:06h

Roberto Azevêdo renuncia a direção-geral da OMC

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O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, informou nesta quinta-feira (14) que deixará o cargo no dia 31 de agosto, reduzindo em exatamente um ano seu segundo mandato. O anúncio foi feito em reunião virtual com todos os membros da OMC, um dia antes de o Conselho Geral se reunir.

Em agosto, o embaixador brasileiro completa sete anos como diretor-geral da organização. Azevêdo disse que a decisão de antecipar sua saída da direção da OMC é pessoal e atende aos melhores interesses da organização em seu processo de reforma. Para Azevêdo, a organização deve começar a moldar uma agenda para as novas realidades pós-pandemia de covid-19 já com um novo diretor-geral.

Segundo o diplomata, agora, os membros da OMC poderão selecionar seu sucessor nos próximos meses, sem desviar a energia política e a atenção dos preparativos para a 12ª Conferência Ministerial, que será realizada em 2021. “Ainda que tenhamos conseguido muita coisa, ainda há muito a ser feito. Estabelecemos metas ambiciosas e transformadoras para essa conferência e para a reforma da OMC. E agora devemos garantir que o comércio contribua para a recuperação econômica global da pandemia de covid-19,”

Para Azevedo, a conferência do próximo ano será um exercício para garantir que a organização continue a responder às necessidades e prioridades dos países-membros. “Sabemos que a OMC não pode ficar paralisada enquanto o mundo a sua volta muda profundamente. O ‘novo normal’ que emerge da pandemia de covid-19 terá que se refletir em nosso trabalho aqui”, disse. “A OMC pode não ser perfeita, mas é indispensável da mesma forma. É o que nos impede de ter um mundo em que a lei da selva prevalece, pelo menos no que diz respeito ao comércio.”

A OMC iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1995 e desde então tem atuado como a principal instância para administrar o sistema multilateral de comércio. A organização tem por objetivo estabelecer um marco institucional comum para regular as relações comerciais entre os diversos membros que a compõem e estabelecer um mecanismo de solução pacífica das controvérsias comerciais, tendo como base os acordos atualmente em vigor.

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