Na região do Médio São Francisco, na Bahia, os ribeirinhos homenageiam o rio São Francisco com muita festa e procissão de barcos, seguindo os protocolos de segurança sanitária. Os fiéis participarão da procissão sobre as águas do Velho Chico.
Hoje é um dia muito especial a todos os ribeirinhos, pescadores, agricultores, empresários, mobilizadores sociais, educadores ambientais e moradores em geral da Bacia.
Foi no dia 4 de outubro de 1501, uma expedição naval comandada por Américo Vespúcio que descia parte da costa brasileira para reconhecimento, deparou-se com a imensidão da foz de um rio grandioso. Desse encontro nasce o primeiro relato oficial em relação ao Rio São Francisco e a data do seu batismo pelos portugueses, que escolheram esse nome por ser o dia 4 de outubro o dia do santo São Francisco. Pelos índios daquela região, o Rio era conhecido como Opará, um vocábulo que representa a sua imensidão na etimologia tupi-guarani. Opará = rio-mar.
Hoje, o São Francisco é o Velho Chico, é o rio da integração nacional, o rio do cerrado, da caatinga e do sertão, o rio do Brasil, o rio da polêmica da transposição, o rio que sofre, o rio que precisa de uma solução.
No Rio São Francisco são:
- • 2.700 km de extensão.
- • 4 regiões (Alto, Médio, Sub-Médio e Baixo São Francisco).
- • 7 unidades da Federação (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás, e Distrito Federal).
- • 504 municípios.
- • 16 milhões de habitantes (9,5% da população do país).
- • 639.219 km2 de área de drenagem.
- • 168 afluentes.
Acompanhados da imagem de São Francisco de Assis, os devotos aproveitarão nesta segunda-feira (4) também o por do sol.
A missa é o momento em que os ribeirinhos comemoram o descobrimento do rio São Francisco, uma fonte de riqueza e de prosperidade para quem mora na região. Os pescadores fazem questão de acompanhar o cortejo.