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domingo 8 de agosto de 2021 às 17:54h

Ricardo Barros vai depor nesta semana na CPI da Covid

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid tem expectativa de viver, esta semana, o seu momento mais emblemático com a tomada de depoimento do líder do Governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) na próxima quinta-feira (12). Barros é apontado como a pessoa citada pelo presidente Jair Bolsonaro numa conversa com o deputado Luís Miranda (DEM-DF) por envolvimento no esquema de negociações para compras de produtos diversos no Ministério da Saúde. Ex-ministro da pasta no Governo Michel Temer, ele é visto nos bastidores como o político mais influente dentro do ministério.

Para muitos integrantes da CPI, conforme o jornal de Brasília, o depoimento de Barros será uma forma de estabelecer até que ponto vão tanto a influência do Centrão como também dos militares nas transações que têm sido feitas na área de Saúde. Muitos senadores consideram de fundamental importância o seu depoimento – inclusive para ajudar no esclarecimento sobre a participação que ele teve em transações feitas pelo Executivo com empresas hoje investigadas pela CPI, tais como a Precisa Medicamentos e a Davati Medical Supply – no período em que foi ministro da Saúde.

Numa outra frente, o colegiado da comissão espera ver resolvida, também, a questão que envolve tensões com a Polícia Federal. A CPI ingressou com um pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana para sustar inquérito aberto pela Polícia Federal com o objetivo de apurar vazamento de documentos em mãos da comissão. O colegiado considera a medida arbitrária e uma “clara forma de intimidação política por parte do governo junto às apurações”.

O argumento para esse inquérito é a divulgação de informações por internautas sobre conteúdo de documentos que se encontram na comissão, mas os senadores rebatem isso, alegando que tais informações já foram divulgadas antes por vários veículos de imprensa antes. E a menção deles na internet não significa que tenham saído de dados retirados de dentro da comissão.

“Tentar impedir o regular funcionamento de uma CPI ou o livre exercício das atribuições de uma comissão dessas é crime. O Congresso tem a prerrogativa constitucional de fiscalizar o Executivo”, disse o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao falar sobre o tema. “Não vamos nos abalar por isso, esse inquérito é ilegítimo e a cada intimidação haverá uma reação”, acrescentou.

Agenda

Além de Ricardo Barros, comissão também convocou para depor até sexta-feira (13) o presidente do Instituto Força Brasil, Helcio Bruno de Almeida, e o presidente da Vitamedic Indústria Farmacêutica, Jailton Batista.

O primeiro depoimento da semana, amanhã (10), será de Helcio Bruno de Almeida. Segundo o autor do requerimento pedindo esta convocação, Randolfe Rodrigues, em depoimento à CPI, representantes da empresa Davati no Brasil disseram que o presidente do Instituto Força Brasil intermediou um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco. Na ocasião, discutiu-se a compra de 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca.

Na quarta-feira (11), os senadores tomam o depoimento de Jailton Batista. O presidente da Vitamedic Indústria Farmacêutica deve falar sobre a venda de medicamentos relacionados ao chamado “kit-covid”, que não têm eficácia comprovada contra a covid-19. O requerimento do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), previa originalmente a convocação de outro representante da Vitamedic, o empresário José Alves Filho, mas substituição foi solicitada pela própria farmacêutica.

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