Revista fala sobre a lenta espera pelo 5G no Brasil e por que não devemos nos animar tanto

Daqui a quatro semanas (no dia 4 de novembro) deve acontecer o leilão das faixas de frequência da Rede 5G para o Brasil. Depois de sucessivos adiamentos, a expectativa do governo federal é que até julho do ano que vem a tecnologia esteja presente nas 26 capitas de estado mais Brasília.  Conforme reportagem da IstoÉ, a previsão é que o leilão movimente quase R$ 50 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões em pagamentos de outorgas e o restante em contrapartidas, como investimentos no próprio 5G e em outras soluções de comunicação.

O avanço para a nova rede será inevitável para um novo patamar econômico. Velocidade não significa apenas uma Netflix sem travamento. Significa ensino remoto de qualidade. Basicamente, o 5G permitirá conexões em velocidades muito superiores às do 4G. Mas ninguém deve se iludir que o 5G brasileiro será como o de todo o mundo. Abrangência nunca foi nosso forte. Nem velocidade. No mundo do 4G, a distância da qualidade de conexão nos países é tão intensa que há rankings mundiais atualizados mensalmente. No mais recente deles, de agosto de 2021, feito pelo Speed Test Global Index nós vamos bem mal e abaixo da média global em Banda Móvel. Com velocidade média para downloads em 33.4 Mbps (a média mundial é 56.7 Mbps), o Brasil fica na 75ª colocação. Em Banda Fixa, um pouco melhor: 108.8 Mbps no Brasil contra 110.2 Mbps na média global, o que nos coloca entre as 50 mais velozes. Confira os rankings:

Banda Móvel (downloads)

Posição no ranking             País                        Velocidade

75                               BRASIL                       33.47

Banda fixa (downloads)